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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

FHC: “Mas descriminalizar não é legalizar”

Por Marisa Felicissimo
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, no último dia 21, que “imaginar um mundo sem droga é um objetivo difícil de ser alcançado, é como imaginar um mundo sem sexo”. A declaração foi feita na abertura da primeira reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, realizada na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio. Leia e assista as reportagens que ecoaram as opiniões de FHC aos 4 ventos através da mídia brasileira nesta sexta-feira. 
“Descriminalizar não é igual a liberalizar, que implica em legitimar. Mas como se pode descriminalizar e não legitimar? Temos que discutir. FHC
“Não estou dizendo que não deve haver combate. Mas a quem? Ao usuário ou ao traficante?” Segundo ele, a atual legislação do País é ambígua ao “abrir certo espaço para o arbítrio da autoridade policial ou membro da Justiça”. FHC
“A nossa luta foi, em vez de sem sexo, com sexo seguro. Agora, a meta realista é reduzir o dano causado pela droga à sociedade e deslocar o foco da repressão para a prevenção.” FHC
no Brasil o “dano talvez seja causado mais pela violência do tráfico do que simplesmente pelo consumo de droga”. Ele elogiou a experiência portuguesa de descriminalização. “Isso faz parte de um processo longo de convencimento. O que aconteceu com o cigarro é um negócio incrível. Em dez anos, mudou completamente a cultura.” O grupo tem uma composição interessante, mas “está faltando jovens”. José Murilo de Carvalho- historiador e membro da Academia Brasileira de Letras , um dos 28 participantes da comissão.


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