A demonização das drogas ilícitas é uma velha estratégia publicitária da política proibicionista. Mas além do evidente fracasso na tentativa de diminuir o consumo, as campanhas acabaram construindo um clima de aversão e exclusão social dos usuários.
Tradicionalmente as campanhas se utilizam de uma linguagem que busca diminuir o uso de drogas criando uma Cultura do Medo que em nada contribui para um debate racional sobre o uso drogas. Em quase todos os casos as informações apresentadas a população carecem de fundamentação científica e reduzem a problemática de maneira simplista.
O usuário é condenado mais uma vez ao ser considerado culpado pela violência urbana. Com o argumento de o consumidor de drogas é o grande financiador de uma guerra que ele não pediu para participar, o Estado foge da sua responsabilidade – e omissão - no fortalecimento de grupos armados que controlam este comércio.
Nos últimos anos o foco das campanhas publicitárias se concentrou no combate do uso do crack. Além de fracassarem no avanço do consumo, a estratégia criou um ambiente de hostilidade ao usuário. Com o fortalecimento da ideia de que o uso do crack leva a uma dependência incurável a sociedade acaba por abandonar os usuários por entender que aqueles indivíduos estão condenados a um caminho sem volta.
O verdadeiro combate aos problemas causados pelo uso de drogas está na construção de um debate livre de argumentos moralistas e preconceituosos. Não se trata de apresentar as drogas como no maravilhoso mundo das campanhas publicitárias de cerveja. É preciso debater sobre seus verdadeiros problemas e como solucioná-los sem derramamento de sangue.
4 comentários:
essa é uma das piores campanhas da Parceria contra as Drogas, conseguiram se superar! uma imbecilidade espantosa...
ola eh eh.. -.-'''''
detesto espanhollllll.. -.-.-.-.-.-. yup :/
Valeu! Há tempos estava à procura desses vídeos.
MANDAMENTOS DA VIDA NÃO SE MATE POR QUALQUER COISA VALORIZE SUA VIDA COMO UM BEM PRECIOSO.
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