A Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia deve se transformar em uma organização global em 2011. A comissão foi fundada pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (Brasil), César Gaviria (Colômbia) e Ernesto Zedillo (México) com o objetivo de avaliar a eficácia e impacto das políticas de combate às drogas na região.
César Gavira afirmou que a nova comissão contará com a participação de líderes americanos, europeus e asiáticos, mas preferiu não citar nomes. Além da formação de um novo grupo, o tema também será debatido no Fórum Econômico Mundial de Davos.
No trabalho realizado na América Latina a comissão concluiu que as políticas repressivas de combate às drogas fracassaram. Entre as medidas propostas está a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal e tratamento do uso de drogas com um problema de saúde pública, retirando o usuário da esfera criminal.
O escritor mexicano Carlos Fuentes, que também integra a comissão, disse em entrevista ao jornal Estado de São Paulo que a organização passará a contar com membros de outros continentes. "A iniciativa na América Latina foi o primeiro passo. Mas precisamos agora um envolvimento global, já que a questão é ver como lidar com os países importadores da droga", disse Fuentes.
Entre os debates previstos está a proposta de descriminalização da maconha para uso pessoal. Para isso, a comissão deve contar com relatórios médicos e uma análise individual sobre a cultura das drogas em cada país. Outra proposta é a de reduzir o consumo de drogas através de campanhas de prevenção.
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