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Rio de Janeiro, RJ, Brazil

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Política de Drogas e as Eleições

Os resultados das eleições de 2010 revelam que o debate por uma política de drogas mais humana caminha de forma bem lenta. A maioria dos candidatos que defendem o fim da Guerra às Drogas foram derrotados. Do outro lado, alguns dos tradicionais defensores da linha repressiva conseguiram o apoio popular para serem eleitos.

deputado_paulo_teixeira_pt_sp A maior vitória do antiproibicionismo brasileiro está na renovação do mandato do Deputado Federal Paulo Teixeira (PT-SP). Membro Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia (CBDD), Paulo será o responsável por combater uma oposição que faz um discurso sobre as drogas recheado de preconceitos e carente de fundamentação científica.

No Rio, a reeleição do Deputado Estadual Carlos Minc (PT), também garante a manutenção do debate sobre política de drogas nas esferas de poder. Vale lembrar que em 2009 Minc chegou a ser interrogado na Câmara dos Deputados por parlamentares que acusavam o então Ministro do Meio Ambiente de apologia as drogas por ter participado da Marcha da Maconha. Minc foi convocado pelo Deputado Federal Laerte Bessa (PSC-DF), que não consegui renovar o seu mandato para os próximos quatro anos.

Mas ainda temos que lamentar a eleição de tradicionais defensores de uma linha fundamentalmente repressiva na política de drogas. O Senado Demóstenes Torres (DEM-GO), que afirmou em audiência da Comissão de Constituição e Justiça ser impossível existir a prática do plantio de maconha para uso próprio, é um dos que conseguiram se reeleger. 

No Congresso Nacional, ACM Neto também renovou o seu mandato. O deputado afirmou em entrevista a Folha de São Paulo que a descriminalização das drogas será responsável por um aumento da violência, já que haverá um crescimento do consumo que fortalecerá a economia do tráfico.

2 comentários:

Anônimo disse...

O Paulo era deputado estadual, pela primeira vez será federal, anyway uma vitória contra o proibicionismo cada vez mais caduco. Já esse Demostenes é um moralista sem noção, nao entende nada.

Júlio disse...

Sem falar nos candidatos a presidente que foram para o segundo turno, ambos proibicionistas.