Se a proposta de descriminalização das drogas ainda encontra forte oposição, o projeto de redução de danos aos usuários avança no debate político. Representando o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre a Aids no Brasil (Unaids), o médico Pedro Chequer esteve presente na II Conferência Latino Americana sobre Política de Drogas.
Mais do que falar sobre os projetos da ONU para conter o avanço da AIDS no Mundo, Pedro Chequer apresentou os fatores que colocam os usuários de drogas entre os grupos mais expostos a contaminação do HIV. Pedro também defendeu que o processo de descriminalização das drogas comece com a maconha, inclusive com a regulamentação do cultivo da cannabis para uso pessoal.
Chequer ainda apresentou propostas que combatam a marginalização dos usuários. ”É preciso adaptar os projetos de redução de danos à realidade local. Este processo precisa contar com a integração do governo com a sociedade. As empresas podem contribuir quando não excluem usuários de drogas dos seus quadros”, disse. Ainda em defesa do investimento em uma política de redução de danos, o farmacêutico David Ruiz, que representou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, lamentou o baixo investimento em redução de danos perto do que os Estados gastam no sistema de repressão ao comércio e consumo de drogas. “Ate 2009 foram investidos U$$ 140 milhões em projetos de redução de danos para 42 países. Isso é muito pouco se pensarmos nos bilhões que já foram gastos na guerra às drogas”, afirmou.
Além destes, participaram da mesa Bo Mathiesen, da UNODC, representante Regional do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime para o Brasil e Cone Sul; Marcelo E. Vila, coordenador sub-regional em HIV/DST para o Cone Sul da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS); e Javier Hourcade Bellocq, representante Regional para América Latina e Caribe da Aliança Internacional contra o HIV/AIDS. Diretor Executivo dos Amigos do Fundo Global – América Latina e Caribe.
2 comentários:
voces tem que tomar atitudes em vez de ficar debatendo \falem menos e agem mais
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