O segundo e ultimo dia da II Conferência Latino Americana e I Conferência Brasileira sobre política de drogas aqueceu o debate sobre redução de danos. No histórico auditório da Faculdade de Direito da UFRJ, foram apresentados estudos e propostas que buscam uma maior aproximação entre agentes de saúde e usuários de drogas.
Nesta linha de trabalho o médico e pscicanalista Tarcisio Matos de Andrade defendeu um melhor relacionamento das ações governamentais com os trabalhos desenvolvidos pela própria população. “As políticas sociais para populações desfavorecias ainda trabalham com desprezo as experiências produzidas pela proprios cidadões”, afirmou.
Tarcisio ainda criticou as campanhas que demonizam usuários de drogas. Para ele, esse tipo de estratégia convence a população de que aquele indivíduo está condenado ao fracasso social. “Se além da condeção pela justiça, o usuário também é condenado pela sociedade, o processo de recuperação fica extremamente prejudicado”, declarou.
Por um melhor relacionamento entre governo e usuários
O planejamento de políticas de redução de danos vai além da elaboração de medidas que possam reduzir os riscos para usuários de drogas. Ainda é preciso investir na conscientização dos agentes de saúde para combater o preconceito no tratamento destas pessoas.
As dificuldades encontradas para esse projeto foram expostas pela pscicóloga Monica Malta, da Fundação Oswaldo Cruz. Ela ainda falou da dificuldade de idenficar usuários de drogas injetáveis, que estão entre os grupos mais expostos a contaminação pelo virus HIV, ao lado de garotas de programa e homosexuais do sexo masculino. “Muitos usuários temem revelar publicamente que fazem uso de substâncias ilíticas temendo algum tipo de repressão policial ou internação forçada”, revelou.
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