Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) revelou que o consumo de drogas ilícitas entre os estudantes de escolas particulares é maior do que o verificado entre alunos da rede pública. A proibição, que criou um mercado negro livre de qualquer fiscalização, facilita a vida dos menores de idade que encontram grande facilidade para comprar qualquer tipo de droga.
Os pesquisadores entrevistaram 50.890 estudantes, com predomínio da faixa etária de 13 a 15 anos, sendo 31.280 da rede pública e 19.610 da rede particular. O levantamento mostra que 13,6% dos alunos de escolas particulares entrevistados declararam ter usado algum tipo de droga no último ano. Na rede pública este percentual é de 9,9%.
A pesquisa também buscou identificar aqueles que não utilizam drogas de forma regular. Dentre os entrevistados de escolas privadas, 30,2% afirmam ter utilizado alguma droga ilícita ao menos uma vez na vida. Na rede pública este indicador é de 24,2%.
O consumo de maconha foi confirmado por 11,7% dos estudantes da rede particular entre 16 e 18 anos. Na rede pública de ensino este número cai para 7,5%. Entre os estudantes de 13 a 15 anos, o uso da maconha na escola pública ficou em 2,5%, bem próximo do verificado na rede particular (2,8%). Os dados feitos com todas as faixas etárias apontam o consumo de maconha entre 3,7% dos estudantes da rede pública e 3,9% na rede privada.
O quadro se inverte quando os estudantes são questionados sobre o consumo de cocaína. Na faixa dos 16 aos 18 anos o consumo da rede pública (3,8%) é maior do que na rede privada (2,5%). No geral, o uso de cocaína é de 2,8% na escola pública e 1,5% na particular.
De acordo com a pesquisa, os indicadores apontam uma queda no consumo de quase todas as drogas nos últimos seis anos. A maior redução encontra foi no consumo de solvente. De 14,1% de uso recorrente, a droga caiu para 4,9%. Mas este ainda é mais utilizado que a maconha, que caiu de 4,6% para 3,7%. O consumo de álcool caiu 35,1% entre os alunos de escolas públicas. Já o de tabaco, apresentou redução de 37,6%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário