A conclusão deste estudo pode até chocar muitas pessoas. Mas ao contrário dos mitos que são disseminados sobre as drogas ilícitas, esta afirmação possui a fundamentação de uma pesquisa científica que seguiu critérios bem definidos.
Publicada nesta quinta-feira no periódico médico The Lancet, o estudo coordenado por Tim Nawrot, da Universidade de Hasselt, na Bélgica, concluiu que a poluição do ar pode provocar mais ataques cardíacos do que o uso de cocaína. Foram combinados dados de outras 36 pesquisas independentes para calcular os riscos a partir de fatores diversos.
A taxa mais elevada foi encontrada entre indivíduos com maior exposição ao trânsito de automóveis, seguido pelo excesso de exercício físico, bebida alcoólica, café, problemas relativos a atividade sexual, raiva, consumo de cocaína, maconha e problemas respiratórios. O estudo da equipe de Nawrot não trabalhou com o grupo de fumantes passivos.
“Entre os possíveis desencadeadores de ataques no coração, a cocaína é a mais provável para desencadear um evento em um indivíduo. A poluição do ar, porém, apresenta um maior efeito em larga escala, já que mais pessoas estão expostas a ela” explica o relatório publicado no The Lancet.
A poluição do ar é vista como “um sério risco ambiental para a saúde” de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números da instituição apontam que a baixa qualidade do ar é responsável por dois milhões de mortes prematuras por ano.
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bom
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