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Que droga impressionante, que levantamento impressionante! Nos últimos 12 meses 2,8 milhões de brasileiros consumiram cocaína ou crack e metade tornou-se dependente! Tem mais dependente de crack-cocaína que de maconha, que são apenas 1,3 milhão! Não é nem preciso verificar a metodologia desse levantamento para constatar que não existe credibilidade nenhuma nos dados colhidos, para perceber que os que aplicaram os questionários eram pessoas inteiramente despreparadas para fazê-lo, e que são dados manipulados em favor da ideologia e interesses financeiros da indústria da dependência química.
É a ideologia da abstinência ou morte, da muito ultrapassada concepção de dependência de álcool e outras drogas como doença primária, incurável e de determinação fatal. São psiquiatras ávidos para colocar as mãos nos pacientes impotentes, infelizes que se atrapalham e caem nas malhas do uso indevido de drogas, na fuga de condições de vida e falta de perspectivas profissionais e existenciais ou para reduzir seu sofrimento psíquico. No fundo, o que o dependente está buscando é um remédio, mas erra na dose e começa a se envenenar.
Para quem conhece o mundo particular dos usuários de drogas por conta da própria experiência ou por convívio social com elas e eles, sabe que um consumidor de cocaína não está propenso a sair dizendo por aí, mesmo em questionário anônimo, que pratica o crime. O médico citado na matéria tem a coragem de dizer que o Brasil prescinde da experiência de tratamento de adicções de outros países, e que na rede privada - leia-se, as clínicas de que ele e seu grupo são donos - "o Brasil oferece tratamentos, em todos os níveis de dependência, iguaizinhos ou até melhores dos que ocorrem nos países mais ricos do mundo. O Brasil sabe muito sobre dependência química, mas o Poder Público resolveu ouvir pessoas que pensam de forma ingênua”.
A verdade é que se esses sujeitos visitassem, por exemplo, o Jellinek, na Holanda, o mais antigo centro de tratamento de dependências da Europa, suas simplistas teorias sobre adicção e seus métodos de tratamento ineficazes e medíocres, embora rentáveis, se desmoronariam como castelos de areia. Somente os ignorantes desprezam a experiência e o conhecimento existente e a indústria da internação brasileira precisa, para se manter, fechar-se às evidências científicas e lutar com unhas e dentes contra a mais que comprovada eficácia das estratégias bem sucedidas da redução de danos - que odeiam.
Segundo especialistas, políticas antidrogas no país são 'ingênuas'
Com a divulgação de estudo em que o Brasil aparece em segundo lugar em número de usuários de crack e cocaína do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, especialistas na área de saúde apontam para reflexão sobre as políticas antidrogas adotadas no país.
Especialista em dependência química e integrante da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), o psiquiatra Carlos Salgado ressalta a ênfase dada ao modelo ambulatorial por parte das políticas públicas, deixando, em segundo plano, o tratamento com internação. A demanda por mais vagas para internação acentuou-se com o consumo do crack, já que a droga deixa os usuários em situações de extrema gravidade, avalia o psiquiatra.
Salgado acredita que os cuidados ambulatoriais são úteis para parte dos usuários, porém a ênfase nesse tipo de tratamento é uma "política ingênua". “Pensam que a dependência química é uma questão de escolha de vida e que não precisa de grandes investimentos. O que temos tido é uma visão que aplica uma ideologização da liberdade. O sujeito é livre pra usar drogas e quando precisar vai para o ambulatório,” disse o médico.
Em dezembro do ano passado, o governo federal lançou programa de combate ao crack, que prevê, entre outras ações, criação de enfermarias especializadas nos hospitais da rede pública e leitos exclusivos para internação de curta duração, crises de abstinência e casos de intoxicações graves de usuários de drogas. Estão previstos investimentos de R$ 4 bilhões até 2014. O psiquiatra destaca o início dos investimentos do governo na abertura de vagas para internação, porém argumenta que o orçamento voltado para a saúde é insuficiente para preencher todas as lacunas.
Perguntado sobre tratamentos adotados em outros países que poderiam ser implantados no Brasil, Salgado assegura que o país tem condições de criar modelos adequados para todos os níveis de dependência química e que não precisa seguir nenhum outro adotado no exterior. “Na rede privada, o Brasil oferece tratamentos, em todos os níveis de dependência, iguaizinhos ou até melhores dos que ocorrem nos países mais ricos do mundo. O Brasil sabe muito sobre dependência química, mas o Poder Público resolveu ouvir pessoas que pensam de forma ingênua.”
O levantamento do Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta baixo de índice, menos de 10%, de busca dos usuários de cocaína e crack por tratamento.“O acesso é muito difícil no Brasil e a qualidade do tratamento é muito precária. Então, é isso que a gente tem que mudar, nós temos que criar um sistema que realmente funcione”, disse o psiquiatra e organizador do estudo, Ronaldo Laranjeira, durante a divulgação dos dados.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria do Ministério da Saúde informou que não irá se pronunciar sobre a pesquisa, por se tratar de tema relacionado ao Ministério da Justiça, que também não comentou os resultados do levantamento.
Um comentário:
o Poder Público resolveu ouvir pessoas que pensam de forma ingênua.”
$erá? Laranjeira sempre distante da causa do abuso. Sempre distante da diferenciação entre uso e abuso. E se descontrolou em debate, no qual faziam parte da mesa juíza Karam e neurocientistas Sidarta e Leonardo, tendo sido acusado de racismo.
"Negros olham brancos nos olhos e pisam em suas sombras sob efeito da erva maldita" Disseram nos anos 30.
Hoje, não fo$$e crime inafiançável (?), não teriam pudor em continuar vomitando tai$ cretinice$.
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