Pela primeira vez na rede, o Primeiro Folder da Psicotropicus, lançado durante o I Seminário Nacional sobre Direitos do Usuário de Drogas, realizado pela ABORDA e parceiros na UERJ, setembro de 2003
por Luiz Paulo Guanabara
INTRODUÇÃO
Cada uma das quatro páginas foi criada separadamente e depois colada para formar um modelo, do qual foram feitas centenas de cópias eletrônicas distribuídas durante o seminário. O folder foi vertido para o inglês e centenas de cópias eletrônicas foram distribuídas durante a conferência da Drug Police Alliance, em Nova Jersey, outubro-novembro de 2003. O difícil nessa versão em inglês foi fazer a tradução do RAP "Um Tiro na Tela", composição de minha autoria que faz parte da trilha sonora da novela "Guerra sem Fim", da extinta TV Manchete.
Na primeira página do folder, o verbete "antiproibicionismo" que não existia, com duas acepções e duas rubricas, referentes a aspectos da política proibicionista. A mensagem como um todo tem um caráter explicitamente favorável à legalização de todas as drogas e plantas atualmente proibidas.
Na primeira página do folder, o verbete "antiproibicionismo" que não existia, com duas acepções e duas rubricas, referentes a aspectos da política proibicionista. A mensagem como um todo tem um caráter explicitamente favorável à legalização de todas as drogas e plantas atualmente proibidas.
FOLDER
1a página: 1o logo (republicaremos)
antiproibicionismo
■ substantivo masculino
1 doutrina que advoga que não é papel do Estado vigiar o que as pessoas fazem ao próprio corpo, muito menos puni-las por isso
2 Rubrica: transtorno social.
compreensão de que a intromissão do Estado em determinadas áreas da vida pessoal e econômica dos cidadãos é um desrespeito aos direitos humanos e liberdades civis
3 doutrina que advoga a descriminalização do uso de plantas e drogas tornadas proibidas e a sua legalização
4 Rubrica: política fracassada.
compreensão de que a proibição de determinados produtos desejados pela população promove uma economia marginal que corrompe os mais diversos setores da sociedade, gera mais violência e aumenta a oferta e a demanda por esses produtos
2a página
Alternativas ao Fracasso das Políticas de Drogas
2a página
Alternativas ao Fracasso das Políticas de Drogas
O Estado exerce hoje o proibicionismo por meio de um suposto controle da produção, venda e consumo de determinadas plantas e substâncias psicotrópicas,chamadas genericamente de a droga: cannabis, cocaína, ópio, metanfetaminas, entre muitas outras. As bebidas alcoólicas também já foram alvo doproibicionismo nos Estados Unidos, durante os anos 20. E como ocorreu naquela década, também hoje o que ocorre é um total e vergonhoso des-controle, cujos problemas permeiam nosso cotidiano:
- violência, corrupção, lavagem de dinheiro
- exclusão, estigmatização, preconceito
- repressão, punições descabidas
- tratamento e educação de qualidade duvidosa
- impureza das substâncias proibidas
- desastrosa erradicação de plantios
O consumo de drogas em si mesmo não fere os direitos dos outros, e um Estado democrático, pluralista, não tem como justificar a proibição de drogas.
O Estado exerce hoje o proibicionismo por meio de um suposto controle da produção, venda e consumo de determinadas plantas e substâncias psicotrópicas,chamadas genericamente de a droga: cannabis, cocaína, ópio, metanfetaminas, entre muitas outras. As bebidas alcoólicas também já foram alvo doproibicionismo nos Estados Unidos, durante os anos 20. E como ocorreu naquela década, também hoje o que ocorre é um total e vergonhoso des-controle, cujos problemas permeiam nosso cotidiano:
O consumo de drogas em si mesmo não fere os direitos dos outros, e um Estado democrático, pluralista, não tem como justificar a proibição de drogas.
3a página
UM TIRO NA TELA
(Luiz Paulo Guanabara)
Emoção intensa ritmo acelerado Carros importados assassinos de aluguel
Na grande metrópole andando Inferno apocalipse um imenso fogaréu
apressado Comando Patrulha Comando Pirata
Guerra de gangues guerra civil Fuzis metralhadoras a ordem é matar!
X-9 sinistro sangue bom é Brasil
* *
O povo aflito o menor abandonado Família ameaçada a quadrilha no covil
O tráfico favela rola solto escancarado Tramas que se cruzam e os
O pobre amedrontado o rico acuado bandidos da Civil
Chacina sem piedade, seqüestro O rico isolado já não sabe o que fazer
na maldade O pobre apavorado já não tem o que comer
* *
Policiais bandidos traficantes regalias Mendigos prostitutas travestis e vadiagem
A selvageria prossegue noite e dia Bandidos Militar desovando malandragem
PMs receberam informação pelo rádio A droga rola solta cocaína heroína
Intenso tiroteio salve-se quem puder Lá vem a viatura o dinheiro vai comprar
* *
Selvas de pedra barracos no morro Nervos abalados estresse acentuado
O clima está tenso nas vielas e ruas Tudo planejado no crime organizado
Borel Acari Vigário Geral Cores berrantes desse mundo errante
Sirene luz vermelha bandidos Federal Um tiro na tela um furo na realidade
Um tiro na tela
Um furo na realidade
A versão para inglês do RAP, na terceira página do folder, foi feita pelo jornalista americano Phil Smith, da antiga Drug Policy Reform Network (DRCNet), hoje stopthedrugwar.com. Ela foi feita a partir de uma versão minha da letra para o inglês, explicitando as gírias.
4a página
O que é preciso fazer
3a página
UM TIRO NA TELA
(Luiz Paulo Guanabara)
Emoção intensa ritmo acelerado Carros importados assassinos de aluguel
Na grande metrópole andando Inferno apocalipse um imenso fogaréu
apressado Comando Patrulha Comando Pirata
Guerra de gangues guerra civil Fuzis metralhadoras a ordem é matar!
X-9 sinistro sangue bom é Brasil
* *
O povo aflito o menor abandonado Família ameaçada a quadrilha no covil
O tráfico favela rola solto escancarado Tramas que se cruzam e os
O pobre amedrontado o rico acuado bandidos da Civil
Chacina sem piedade, seqüestro O rico isolado já não sabe o que fazer
na maldade O pobre apavorado já não tem o que comer
* *
Policiais bandidos traficantes regalias Mendigos prostitutas travestis e vadiagem
A selvageria prossegue noite e dia Bandidos Militar desovando malandragem
PMs receberam informação pelo rádio A droga rola solta cocaína heroína
Intenso tiroteio salve-se quem puder Lá vem a viatura o dinheiro vai comprar
* *
Selvas de pedra barracos no morro Nervos abalados estresse acentuado
O clima está tenso nas vielas e ruas Tudo planejado no crime organizado
Borel Acari Vigário Geral Cores berrantes desse mundo errante
Sirene luz vermelha bandidos Federal Um tiro na tela um furo na realidade
Um tiro na tela
Um furo na realidade
A versão para inglês do RAP, na terceira página do folder, foi feita pelo jornalista americano Phil Smith, da antiga Drug Policy Reform Network (DRCNet), hoje stopthedrugwar.com. Ela foi feita a partir de uma versão minha da letra para o inglês, explicitando as gírias.
A versão para inglês do RAP, na terceira página do folder, foi feita pelo jornalista americano Phil Smith, da antiga Drug Policy Reform Network (DRCNet), hoje stopthedrugwar.com. Ela foi feita a partir de uma versão minha da letra para o inglês, explicitando as gírias.
4a página
O que é preciso fazer
O que é preciso fazer
É preciso que as pessoas se conscientizem das consequências da proibição de drogas. Necessitamos de uma política de drogas independente dos Estados Unidos e de sua nefasta Guerra às Drogas.
É preciso uma nova atitude frente às drogas e ter a coragem de experimentar novos caminhos. Chega de insistir numa política cujo custo-benefício é sempre negativo - como demonstram a intensificação do crime, da corrupção e da violência associados ao uso e comércio de drogas ilícitas,assim como o aumento da oferta e da demanda de drogas. Temos de redirecionar da esfera militar e jurídico-policial para o campo da saúde e educação públicas os recursos utilizados para o des-controle das drogas.
É preciso que as pessoas se conscientizem das consequências da proibição de drogas. Necessitamos de uma política de drogas independente dos Estados Unidos e de sua nefasta Guerra às Drogas.
É preciso uma nova atitude frente às drogas e ter a coragem de experimentar novos caminhos. Chega de insistir numa política cujo custo-benefício é sempre negativo - como demonstram a intensificação do crime, da corrupção e da violência associados ao uso e comércio de drogas ilícitas,assim como o aumento da oferta e da demanda de drogas. Temos de redirecionar da esfera militar e jurídico-policial para o campo da saúde e educação públicas os recursos utilizados para o des-controle das drogas.
Pedimos a imediata e total descriminalização do uso de drogas, a imediata e controlada legalização da cannabis. Pedimos também a progressiva e controlada legalização de todas as plantas e drogas atualmente proibidas.
Você é a favor da Proibição de Drogas? O tráfico é.
Junte-se à Psicotropicus
end: Rua General Justo 275/316-B
20.021-130, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
tel: (55-21) 22404293
fax: (55-21) 22404377
email: tropicus@mtec.com.br
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OBS: A pergunta e resposta a seguir foram criadas para tentar fazer as pessoas refletirem sobre como a proibição de drogas que apoiam é também apoiada pelo tráfico. Ou seja, você e o tráfico apoiam a proibição, estão do mesmo lado.
"Você é a Favor da Proibição de Drogas? O Tráfico é."
A pergunta e resposta foram depois modificadas, e se tornaram um dos lemas das marchas da maconha:
"O tráfico é contra a legalização da maconha. E você?"
publicado neste Blog por: Luiz Paulo Guanabara
Um comentário:
FODA! Não tem pra ninguem, esse folder diz tudo, tudo que foi dito depois sao variacoes dessas ideias iniciais que norteiam o chamado antiproibicionismo. Parabens a ONG e seus pioneiros.
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