Por Marisa Felicissimo
Luiz Paulo Guanabaradiretor executivo da Psicotropicus falou ao Jornal da UFRJ de setembro. O texto “A falácia de uma guerra perdida”, que traz ainda opiniões de Luciana Boiteux e Pedro Abramovay sobre a lei de drogas no Brasil, está disponível na edição completa em pdf aqui.
Um general na “guerra”
Para Luiz Paulo Guanabara, psicólogo, diretor executivo da Organização Não-Governamental Centro Brasileiro de Políticas de Drogas (Psicotropicus), a política proibicionista que vigorou nas últimas décadas intensificou o poder do mercado ilícito, a violência e a corrupção na esfera pública. Ele destaca que não é papel do Estado vigiar o corpo das pessoas e qualifica como avanço a emergência de um debate que, há apenas seis anos, era completamente marginal.
No entanto, Luiz Paulo critica duramente o fato de um general, Paulo Miranda Uchoa, ainda ocupar a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. “É uma política de guerra. Fernando Henrique Cardoso defende hoje a descriminalização das drogas, mas adotou o modelo repressivo ao criar a Senad. Esperávamos que houvesse mudança na política nacional do setor, a partir de 2003, mas isso não aconteceu”, condena o ativista.
Luiz Paulo Guanabara sugere que o Senad saia da esfera de influência de instituições de segurança pública e se vincule ao Ministério da Justiça, ao qual atribui posições mais avançadas na condução desse debate junto à sociedade e ao Legislativo.
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