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Rio de Janeiro, RJ, Brazil

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Política de Combate ao Crack do RJ é Apresentada na Harm Reduction Coalition

por Luiz Paulo Guanabara

de Portland (EUA)

Num tom pessoal: a 9ª Conferencia da Harm Reduction Coalition (HRC) teve um sabor especial para mim. A primeira vez que participei de uma conferencia internacional fora do Brasil (sim, a conferencia internacional pode ser no Brasil) foi a 2ª Conferencia da HRC, em 1998, em Cleveland, para a qual tive quatro resumos selecionados: dois sobre o programa de troca de seringas no Rio, NEPAD/UERJ, no qual trabalhava, um sobre as deficiências do programa de 12 Passos sob o ponto de vista da redução de danos e um chamado “A Guerra às Drogas no Rio de Janeiro”, denunciando a política de confronto armado na cidade. Acho interessante que tenha apresentado este trabalho exatamente no ano em que foi criada a Secretaria Antidrogas, SENAD.

Enfim, ainda fui na 3ª e na 4ª Conferencias, 2000 e 2002, e não nas últimas quatro. Decidei vir nessa e o resumo que enviei sobre o projeto “Tá Ligado?”, intervenções em áreas de consumo de drogas, foi aprovado e apresentei os resultados do trabalho com os craqueiros do Jacarezinho.

Aqui no Orgeon a regulamentação ou legalização da maconha ficou em 46%, quase foi. Ouvi que no Colorado o clima sobre a maconha já está muito diferente. O cenário deve ser o mesmo em Washington, que é o estado acima deste. Esta área oeste, incluindo a Califórnia, não brinca em serviço quando se trata de maconha, e ainda tem Seattle, Vancouver e British Columbia logo acima ao norte. By the way, a medicinal daqui é excelente.

Veja a sequencia de fotos abaixo e sinta o clima do evento.

Modelo de uso assistido do INSITE, Canadá

7 comentários:

Vera Da Ros disse...

PSICOTROPICUS sempre bem representada!!! mande notícias.

Anônimo disse...

Ate que enfim esse assunto esta saindo das sombras e sendo discutido com os usuarios, principais interessados e nem por isso marginais como grande parte da opiniao publica( principalmente brasileira ) pensa. Gostaria de ressaltar aqui que das milhoes de pessoas que usam drogas, licitas ou ilicitas, comprovadamente menos de 10% tem problemas relativos ao uso ou mau uso. Mas isso nunca vamos ouvir na midia, `celebridade tal consumiu cocaina e nao passou mal`. Pensem nisso!
Denise Leao Correa.

Fernando Rios disse...

Bom comentario, Denise, eu por exemplo ontem bebi um pouco além e nao ´passei mal, e as 7h ja de postos no trabalho, trabalhei normalmente, sem problemas. Poderia ter cheirado ou fumado em vez de bebida, o resultado seria o mesmo. Poe aí na midia!!!! usou tudo e ficou na boa! Fernando Rios

LP Guanabara disse...

O INSITE é local de uso assistido em Vancouver. Bem, coisa de primeiro mundo...

LP Guanabara disse...

A Saint James Infirmary, assistencia a profissionais do sexo. Coisa de Europa, sinal que os estadunidenses estao evoluindo nessa área em que sao absurdamente abnormais, pudicos e hipocritas, claro... e de crentes.

Anônimo disse...

50% USA: sim, legalize. E crescendo...

Fato também, onde há medicinal legalizada, é mais acelerado o aumento da aprovação pela legalização irrestrita. Ou seja, quem conhece e convive não se assusta, não acredita em bicho-papão.

Quem ignora reage como primatas em dias de trovoadas e relâmpagos: acha que o céu vai cair e que demônios invadirão a Terra.

Fernando Rios disse...

Sobre o comentario acima, anonimo: concordo com essa teoria. Sobre os primatas, vale lembrar que no Brasil a mulher somente ganhou direito de votar nos anos 1930. As pessoas deveriam ser mais críticas e auto-críticas, em vez de mandar opiniões fundamentadas na sua ignorancia e preconceito. Tb entendo que é preciso separar as plantas das drogas, como propoe alguns pensadores, e afinal a maconha é apenas uma planta. Hoje proibem plantas, amanha podem proibir arvores!