As cenas da ofensiva policial contra usuários de crack do Centro de São Paulo continuam vivas. A política de "dor e sofrimento" foi usada como estratégia que forçaria os usuários a buscarem ajuda nos centros de acolhimento oferecidos pela prefeitura. Mas será que esse espaço existe?
O prometido Complexo Prates, centro de atendimento de assistência social e de saúde aos usuários de drogas, teve a inauguração adiada pela segunda vez. Depois de prometer e suspender a abertura do espaço para a segunda quinzena de março, a data abertura segue indefinida. O espaço conta com uma área de 11 mil metros quadrados e capacidade de atendimento para 1,2 mil pessoas e 11 leitos para internação. Mas ainda não funciona….
Segundo a assessoria de imprensa da secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, o setor em questão está pronto, no aguardo da conclusão da unidade de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) - que funcionarão 24 horas - para iniciar atividades.
Sem um lugar adequado para receber os usuários de crack a governo mantém em andamento a estratégia de "dor e sofrimento" sem oferecer nenhum alívio para quem passou dias correndo das bombas da polícia em jogo macabro de gato X rato.
Um comentário:
poe macabro nisso!
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