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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Novas fronteiras na Guerra às Drogas mexicana

A insistência do governo do mexicano (com amplo apoio dos Estados Unidos) em conduzir uma sangrenta guerra às drogas tem provocado uma migração da violência para regiões antes consideradas "seguras". Desde que o presidente Felipe Calderón assumiu o poder, em janeiro de 2006, já foram contabilizados 47 óbitos nessa guerra.

Na última semana dois corpos decapitados foram deixando dentro de um veículo na porta de um luxuoso shopping da cidade do México. No ano passado, 26 corpos foram despejados no centro de Guadalajara, outra cidade que não sofria os efeitos da guerra às drogas. Em Veracruz um batalhão policial inteiro foi demitido com acusações de corrupção.

Os dados mais recentes divulgados pelo governo mexicano apontam que um número de cidades atingidas pela violência do narcotráfico passou para 831, um aumento de 7% em relação à última pesquisa. Apesar da migração as autoridades mexicanas comemoram a queda da criminalidade na emblemática Ciudad Juárez. "Você tem que dar mais tempo ao processo para medir a sua eficiência", disse Genaro Garcia Luna, secretário da segurança pública do México.

De acordo com analistas entrevistados pelo New York Times a guerra às drogas mexicana está cada vez mais polarizada em uma guerra mortal entre o cartel de Sinaloa e Los Zetas, fundado por ex-soldados e considerado um grupo mais violento. O Cartel do Golfo é apontado como uma terceira força que eventualmente realiza ataques. "Houve certamente uma mudança da violência da fronteira para dentro dos Estados rurais", disse David A. Shirk, diretor do Instituto Transfronteiriço da Universidade de San Diego.

É justamente este cenário que inspirou um grupo de ativistas húngaros a produzir no ano passado um vídeo paródia de um traficante mexicano agradecendo a ONU pelos 50 anos de proibição das drogas.

Um comentário:

Luiz Paulo Guanabara disse...

Os ativistas sao hungaros, da Uniao Húngara de Liberdades Civis (HCLU) - http://tasz.hu/en