Um relatório divulgado nesta sexta-feira pelos conselhos regionais de Psicologia (CRP-RJ) e Serviço Social (CRESS-RJ) do Rio de Janeiro revelam um lado macabro do interior dos abrigos de internação para menores usuários de crack.
São criticados pelo relatório o "isolamento, a medicalização descontrolada, falta de informações sobre resultados, orientação religiosa, confusão entre saúde e assistência e violação de diretrizes dos ministérios da Saúde (MS) e de Desenvolvimento Social (MDS)".
CLIQUE AQUI para baixar o relatório completo
"Há uma limitação para contato telefônico com a família que varia entre apenas um ou dois dias por semana, dependendo do abrigo, bem como apenas um ou dois dias para visitação. As crianças e adolescentes passam o dia inteiro no abrigo, com raríssimas atividades externas, e ficam proibidos até mesmo de ir à escola", diz o documento.
Nos abrigos geridos ONG Casa Espírita Tesloo, os menores são medicados com injeções compostas por Haldol e Fenergan (os chamados ‘SOS’ ou ‘Sossega Leão’)" com a mesma dosagem para todos, desprezando as particularidades físicas e a idade de cada menor.
Colaboraram com a elaboração do relatório o Núcleo de Direitos Humanos da PUC-Rio, o Grupo Tortura Nunca Mais e a ONG Projeto Legal, além da Comissão de Direitos Humanos e de organismos de prevenção e combate à tortura da Assembleia Legislativa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário