Um dos argumentos mais usados pelos proibicionistas é que a eventual legalização da maconha aumentaria consideravelmente o consumo da erva. Só esquecem de dizer que a proibição é incapaz de impedir que a população tenha acesso as drogas proibidas e que no mercado ilegal o comércio é feito sem nenhuma regulação ou controle de qualidade.
Curiosamente a pesquisa norte-americana "Monitoring the Future" (Observando o futuro) apontou que o consumo de cigarros e álcool por adolescentes americanos está no ponto mais baixo desde a década de 1970, mas o consumo de maconha permaneceu estável. Entre os adolescentes de 17 e 18 anos 19% admitiram que fazer uso do cigarro. Em 1997 este índice era de 36,5%.
Na mesma faixa de idade o consumo de álcool foi de 63,5%, abaixo do pico de 74,8% em 1997. Como dito anteriormente o consumo de maconha ficou estável com 36,4% dos estudantes de 17 e 18 anos afirmando consumir a droga uma vez no último ano e 6,6%, admitindo fazer o uso diário.
"Que o consumo de cigarros tenha diminuído a taxas historicamente baixas é uma boa notícia, levando em conta nossas preocupações de uma redução ou estancamento da queda nos últimos anos", disse Nora Volkow, do Instituto Nacional sobre o Abuso de Drogas, que financiou o estudo.
Vale destacar que esta pesquisa é financiada pelas autoridades sanitárias norte-americanas para acompanhar o consumo de drogas entre os adolescentes do país. Apesar de ser claro que a conscientização é mais eficiente que a repressão policial o governo ianque segue patrocinando a guerra às drogas tendo plena consciência do seu fracasso mundial.
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