Psicotropicus - Centro Brasileiro de Política de Drogas

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Confira o Resultado do concurso Maconha: Mitos e Fatos!

O concurso cultural do livro “Maconha: Mitos e Fatos”, parceria da Psicotropicus com o Hempadão, reuniu um belo material informativo sobre a cultura canábica. Além de pedir desculpas pela demora no anúncio das obras vencedoras também gostaríamos de agradecer a todos os participantes. Vale lembrar que a escolha foi feita em conjunto pela equipe dos dois blogs. Confira abaixo os autores premiados.
Legaliza ou não?

Juliana Elias Ires Silva

Legaliza ou não?
Legaliza então!
Legaliza pro irmão,
Que só quer curtir do bom,
Sem tirar de ninguém não.
Quer plantar o seu matinho,
Fumar de fininho em fininho,
Ajudando o molequinho a sair desse caminho.
Deixa plantar da minha e plantar da sua,
Eu não posso mais ver meu menino trampar na rua.
Legalizo ou não?
Legalizo do bom.
Legalizo lá em casa,
Porque meu pai confia,
Que a erva é boa, e o tráfico só o crime financia.
Então planta ai em casa filha,
E põe desse pra gente,
Abre todo mundo ai a mente,
E sai gritando lindo:
Legaliza presidente!


Uma poética canção

Thalis Menezes

Papai quando crescer eu quero ser ladrão.
Vou entrar para a política e fazer um novo mensalão.
Neste país não faz sentindo quem é muito trabalhador,
No fim do mês tem conta e aí começa aquela dor.
Neste país, parceiro, temos que ficar calados.
Se passa um 'cana' agora somos todos enquadrados.
Esta é a lei meu irmão, e eles proíbem a expressão.
O tráfico só acaba com a le-ga-li-za-ção.

Papai eu vou crescer e representar essa nação.
Vou informar ao mundo inteiro: é preciso descriminalização.
O lucro é divido entre político e ladrão.
E assim eles vão fodendo toda nossa população.

Vamos lutar e escolher algo melhor para o país.
Pesquise sobre a planta, veja o que o estudo diz.

Não caia nesta lábia de um deputado animal.
Seja um pouco flexível,  seja um pouco racional.
A ONU reconheceu o fracasso da proibição.
Você quer mudar o mundo? Apoie a legalização.


A dois passos do paraíso

Rafael Fernandes

Passado quase um ano das eleições que elegeram os deputados federais e estaduais nos estados brasileiros. Pudemos observar que alguns militantes da nossa causa receberam número expressivo de votos. Um bom exemplo disso foi visto no Rio de Janeiro, com o candidato a deputado federal, Renato Cinco, que recebeu mais de 9 mil votos.

Esse número expressivo de votos mostrou como a nossa causa vem ganhando mais adeptos a cada dia e mostrou também que estamos cada vez mais perto do nosso objetivo que é a legalização. Os votos recebidos pelo nosso candidato são a prova de que temos força para eleger pessoas para nos representar em Brasília e garantir o início do debate político sobre a legalização.

Acredito que esse seja o primeiro passo para o paraíso, o início dos debates sérios sobre a legalização, não só no plenário, mas também nas salas de aula, televisão, mesas de bar, dentro dos lares e em todo lugar que debateríamos outras causas, mas para exigirmos um debate sério sobre a legalização precisamos antes conquistar o respeito da sociedade. Esse é o ponto onde temos pecado, pois para debater e cobrar respeito ao usuário, primeiramente, temos que nos respeitar.

Sempre que pensamos em alguma manifestação sobre a legalização, pensamos em alguns poucos usuários, com suas toucas de dreads artificiais, carregando um baseadão enorme e jogando fumaça na cara da população. Por mais que essa seja uma visão superficial, é o que passamos hoje para a sociedade, ou seja, nenhuma seriedade.

A Marcha da Maconha (maior manifestação no país hoje) tem que ser respeitada e tratada como uma manifestação política, não como um bloco carnavalesco. Nós nunca conseguiremos respeito se nós mesmos não nos respeitarmos. Devemos conscientizar a população de que não estamos ali apenas porque queremos comprar nosso baseado na padaria (por mais que isso seja também um desejo nosso). Devemos que mostrar que temos consciência do mal que a política proibicionísta faz a nossa sociedade. Temos que militar de verdade pela nossa causa e mostrar que sabemos pelo que estamos brigando. Mostrar que o maconheiro não é aquele doidão que fuma o dia inteiro e não faz nada além disso, mostrar que maconheiro também trabalha, estuda, projeta sua casa, da aula aos seus filhos e etc.

Esses são os dois passos que nos separam do paraíso, primeiro o inicio dos debates e o segundo é o respeito, não só o respeito da sociedade, pois esse será conseguido se passarmos a nos respeitar, mas sim o respeito que temos com nós mesmos. Outros movimentos sociais passaram por esse mesmo problema, se estruturaram, conscientizaram e hoje organizam diversas manifestações que contam não só com a presença dos manifestantes, mas também dos que são a favor da causa. Conheço pessoas a favor da legalização, que sabem como o tráfico faz mal a toda sociedade, mas não aparecem nas manifestações, simplesmente, por não verem seriedade. Devemos impor a nossa posição na sociedade, devemos ir além das camisas verdes, vermelhas e amarelas, temos que mostrar para os outros que nossa causa é justa. Se conscientizarmos a população de que o maconheiro é mais que um doidão, aí sim findaremos o preconceito e alcançaremos o paraíso.


Despreconceitualização

Lucas Lima

A opinião formada e pré-estabelecida pela sociedade em relação ao uso e ao usuário da Cannabis Sativa, não vem de ontem e nem é positiva. Embargada em uma contextualização moralista e conservadora, os brasileiros crescem aprendendo que maconha é coisa de bandido e vagabundo. Não que ela esteja isenta de tais aspectos, mas a história é bem mais fantasiosa do que realista.

Denominada planta alucinógena, a Cannabis sofre preconceito direto pelo seu uso recreativo, deixando assim de atuar em suas ambas funcionalidades, fato este fácil de se comprovar tendo em vista a pequena parcela da população que conhece seu efeito terapêutico e nem fazem ideia que em países como Estados Unidos, Canadá e Holanda o uso com orientação médica já é uma realidade, e que o álcool e o tabaco são comprovadamente mais danosos do que ela.

A denominação da maconha como uma “droga” e a sua associação com outras drogas, principalmente a cocaína e o craque, tão presentes em nossa sociedade, gera uma espécie de condenação injusta, já que a maconha não merece ser comparada nem de longe com tais drogas, e o usuário sofre consequentemente o mesmo peso da ignorância de “caretas” desinformados estagnados em uma ideologia vazia e sem argumentos plausíveis.

A legalização se faz necessária em todas as variantes de propostas de descriminalização, que embora seja um passo curto, se faz de grande valia.

A descriminalização, juntamente com o uso terapêutico são dois passos fundamentais na conscientização da população, e “despreconceitualização”, pois a sociedade precisa primeiro entender para finalmente poder aceitar. Tratando-se de um conceito tão arcaico e difundido na cabeça dos brasileiros de que fumar maconha é errado, é preciso cautela e prudência no andar da carruagem, um passo de cada vez seguindo rigorosamente uma linha de acontecimentos para amadurecer gradativamente a opinião e o ponto de vista de cada um.

Para que exista progresso e conquistas diante da legalização, o lado que defende a causa deve ser tão inteligente e prudente quanto o lado que se opõe, a medida que os usuários forem saindo do armário, a medida que forem se engrandecendo os argumentos e opiniões, comprovações científicas e etc, e a medida que iniciativas com esta de exposições inteligentes de opiniões de adeptos a causa ganharem mais força e mais foco, mostraremos que já deixamos de ser os “doidões” e passamos a ser bem mais sensatos e conscientes.

Enfim, defendo a lógica dos fatos através de uma sequência estabelecida inteligentemente, para driblar o preconceito em relação à maconha e seus usuários ou até mesmo acabar com este.

E que um dia possamos enfim viver livremente, usando ou não, mas tendo o total direito e livre arbítrio de ESCOLHER!


Basta de Guerra aos Pobres


Henrique Alencar Neto

o fracasso da guerra às drogas já é reconhecido
a legalização da maconha já é uma realidade
finalmente estão nos dando ouvido
como matéria prima são varias finalidades
mas ainda temos muito pra mostrar
a semente tem grande valor alimentar
e medicinais são inúmeras as propriedades

mas vejam que grande beleza
a verdade sempre aparece
nossa força vem da natureza
e ajuda a aliviar o estresse

as flores alimentam a alma e ajudam a pensar
ai vem o problema, começamos a incomodar
pobre não pode pensar
tem mais é que trabalhar
dai vem o grande motivo
insistem em criminalizar

toda essa guerra tem uma só razão
saúde publica é uma grande desculpa
querem mesmo é controlar a população

pobres e negros mortos e enjaulados
chuvas de balas no céu na favela
pra proteger os engravatados
os que não morrem vão pra cela

mas a luta não pode parar
informar é uma causa nobre
a macha da maconha vem ai
basta de guerra ao pobre!

6 comentários:

billy pow! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

parabéns, o Joao vai entrar em contato com vc.

Anônimo disse...

Ôpaa! E aí? Quando é que rola esse contato?
Tamo na espera.

billy pow! disse...

to no aguardo ainda!

billy pow! disse...

e aew galera, ainda to no aguardo de alguma informação sobre o premio...

Anônimo disse...

decerto vocês nunca sofreram com viciado na família né, já que o viciado da família é você... cara... Deus abençoe e guarde vocês... pra que você não venha a se tornar um usuário de crack igual meu irmão se tornou... pra que você não venha a vender as coisas da sua casa e bater na sua mãe... porque eu aposto que vocês mesmo já viram um maconheiro que virou isso