Os EUA estão lutando cada vez mais sério e pela primeira vez começamos a ver a seta do destino apontando para o lado da esperança. Nas palavras de Ethan Nadelman, diretor executivo da Drug Pollicy Allience, “O vento está nas nossas costas. Estamos progredindo como nunca. Temos que nos mexer rapidamente”, afirma ele, que veio ao Brasil esse ano debater no Jornal O Globo e com a Comissão Brasileira Sobre Drogas e Democracia. O Chapa2 de hoje ignorou o horário marcado das 4e20, mas foi com o intuito de trazer ao leitor todas as informações da Conferência Internacional de Reforma da Política de Drogas, que aconteceu de 12 a 14 de novembro, na cidade de Novo México, EUA.
A conferência, que acontece desde 2001, esse ano foi maior e de caráter muito mais agregador, no sentido de ganhar e somar forças em prol de mudanças na política internacional sobre drogas. O evento contou com aproximadamente mil pessoas de todo o mundo e a sede não foi escolhido por acaso, já que a cidade de New Mexico foi o primeiro estado a distribuir seringas, em 1997, na tentativa de amenizar os problemas da AIDS. No mesmo sentido, a cidade foi também a décima segunda do país a conseguir a permissão para o uso de maconha para o tratamento de doenças graves.
Já na carta aberta enviada aos simpatizantes da causa, Ethan disse que a participação de todos era fundamental, e ainda começou com a seguinte frase exclamativa: “Esse é o nosso momento!”. E ele está certo. Após a convenção de abertura os interessados foram a uma sala de conferências para o lançamento do livro After the War on Drugs: A Blueprint for Regulation, uma publicação da Transform Drug Policy Foundation, que está disponível para download em inglês. O diretor executivo da Fundação, Danny Kushlick, disse que “nunca houve uma visão de um mundo pós-proibição”, alertando para o mesmo problema indicado por Sanho Tree, do Institute for Policy Studies: “Como movimento, nós falhamos ao articular a alternativa e isso nos deixa vulneráveis ao medo do desconhecido”.
Infelizmente grande parte dos registros da cobertura permanecem ocultos até mesmo nos mais importantes veículos internacionais. A idéia que se tem, para quem está de fora, é que a conferência acontece de portas fechadas, sem a massificação de informações necessária ao desenrolar do debate. Quem certamente vai poder trazer melhores informações sobre o assunto é o criador do maior fórum sobre cannabis do Brasil, o GrowRoom, que teve a oportunidade de ir às terras norte-americanas. Para que possamos ter um gostinho do clima da Rerform Conference 2009, se liga no vídeo disponibilizado pelo canal do GR:
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