Na última segunda-feira a Fiocruz abriu as portas do seu Museu da Vida para o seminário “Saúde e Política de Drogas: é preciso mudar”, promovido pela Comissão Brasileira Drogas e Democracia.
Apesar do evento ter focado no discurso do usuário com um doente, o psiquiatra Dartiu Xavier destacou na sua palestra que maioria dos consumidores de drogas não desenvolve um uso problemático. "A questão de dependência é uma questão de exceção. A grande maioria dos usuários são recreacionais. No caso da maconha apenas 9% se torna dependente."
Mesmo não abrindo espaço para os usuários de drogas (talvez a parte mais interessada neste tipo de debate), o evento trouxe convidados de países que estão estão fazendo a diferença para superar o desastre do proibicionismo.
O vice-Ministro da Educação e Cultura do Uruguai, Oscar Gómez da Trindade, explicou o projeto de legalização da maconha no nosso vizinho ao sul da fronteira e como o governo Mujica pretende enfrentar o narcotráfico enfraquecendo as finanças das organizações criminosas. "A maconha representa 80% do mercado negro de drogas do Uruguai. Retirar esse monopólio do tráfico não pode ser considerado uma questão de menor importância", explicou.
A experiência portuguesa de descriminalização das drogas foi apresentada na palestra de Paula Marques, representante do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências de Portugal (SICAD), que destacou o esforço político para manter o modelo focado no tratamento e assistência ao usuário. "Além de mudar é preciso sustentar a mudança. Realizamos avaliações a cada quatros para evitar um planejamento baseado em achismos. Precismos de dados sólidos para traçar metas", disse Paula.
O especialista em saúde pública da Universidade Simon Fraser, no Canadá, Benedikt Fischer, apresentou um panorama do uso de crack no seu país e explicou como a redução de danos adotada no final da década de 90 foi bem sucedida. "Os legisladores perceberam que algo precisava ser feito para melhorar a saúde dos usuários. Então, foi criado um kit de uso seguro com cachimbos e tubos de vidro. Desta forma evitamos que os usuários cometessem pequenos delitos ou brigassem entre si para conseguir o material necessário para usar a droga."
5 comentários:
Boa análise, Psicotropicus. Como sempre os coadjuvantes nao chamaram os principais interessados, os usuários, que hoje inclusive estao organizados em uma rede latino-americana http://lanpud.blogspot.com.br/
mas em meio a maioria reacionária presente pudemos assistir alguns palestrantes que realmente entendem do assunto.
2012 foi acho se pode dizer + q 2 passos p frente e um p trás. Final triste fica por conta do último anúncio do honesto Mujica.
"A questão de dependência é uma questão de exceção. (...) '
ponto importante explicar às pessoas, sempre, pois o outro lado não é honesto com suas caquéticas mentiras, meias-verdades e sofismas
On Jack, a editoria do Hempadao q mais gosto
Asfixaram um macaco com maconha equivalente a 63 cigarros ministrados em cinco minutos diariamente. Aplicada com máscara de gás, suprimiram oxigênio ao pobre do bicho. E período entre 3 e 5 minutos de ausência de oxigenação pode lesionar o cérebro. Doentiamente então comemoraram excitados e publicaram que 'a maconha causa lesão cerebral'. O combinado para a pesquisa seria testar 30 cigarros por dia durante dois meses. Pra economizar dinheiro e pagar menos pessoal necessário ao acompanhamento e aplicações da/na cobaia, aplicaram a overdose criminosa dia sim, dia não. Óbvio que não publicariam: "nem assim maconha mata!"
Em breve estaremos importando maconha dos EUA, eta paisinho bosta esse , sô!! e tem uns merda com titulo de doutor que disseram final ano passado numa revista conhecida que maconha é pior que crack, que se proibissem uma só droga, esta seria a erva. Se os estados unidos, pais civilizado, legalizou em dois estados, como esses doutores explicam isso? Sobre essas pesquisas com macacos e outros bichos, os resultados apontam mesmo é para o fim da raça humana...
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