Enquanto o governo brasileiro foge de debate global sobre mudanças na política de drogas, outros líderes da América do Sul estão dispostos a pegar o microfone para dizer que a guerra às drogas fracassou e que chegou a hora de planejar uma mudança.
Em discurso na 42ª assembleia da Organização de Estados Americanos, que o ocorre na cidade de Tiquipaya, na Bolívia, o presidente do Equador, Rafael Correa, defendeu uma legalização "parcial" das drogas ilícitas.
"Ter certa dose (de consumo pessoal), com qualidade, colocar controle sanitário, colocar impostos, é análogo ao que aconteceu nos Estados Unidos com a eliminação da chamada "Lei Seca", explicou Correa.
O presidente equatoriano não poupou críticas ao modelo proibicionista criando e financiado pelos Estados Unidos. Correa ainda chamou de "submissos" os governantes que "aceitavam qualquer coisa" por parte de Washington.
Por aqui, o governo brasileiro costuma citar o bilionário Plano Nacional de Combate ao Crack para dizer que está atento a questão das drogas, enquanto continua insistindo no modelo repressivo com uma lei (11343/06) que segue batendo recordes de encarceramento.
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