Os governos mudam e a política segue remando na mesma maré. Somando forças para o velho e derrotado projeto de guerra às drogas Brasil e Bolívia firmaram um pacto para combater o narcotráfico nos dois países. O plano ainda prevê a cooperação dos Estados Unidos, grande investidor deste modelo de política repressiva.
De acordo com a ONU a Bolívia tem cerca de 30.900 hectares de coca, sendo que apenas 12.000 são legalizados e utilizados nos rituais religiosos andinos. De acordo com uma reportagem da Agência Brasil a atuação conjunta dos governos servirá apenas para erradicar a produção de coca considerada excedente.
No último domingo o vice-ministro da Defesa Social, Felipe Cáceres, declarou que uma comissão composta por especialistas brasileiros e bolivianos se reúne a partir desta segunda-feira para definir os termos do acordo de combate ao narcotráfico nos cerca de 3,4 mil quilômetros de fronteiras entre os dois países.
No ano passado o Presidente Evo Morales iniciou uma campanha internacional de esclarecimento sobre a utilização cultura da folha. Morales também afirmou que pretende lançar a bebida Coca-Brinco, com a clara intenção de disputar mercado com a Coca-Cola.
É preciso ser muito otimista para acreditar que a política internacional tome um rumo que não seja fundamentado na repressão. A posição do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) deixa claro que os planos continuam sendo pautados pela lógica repressiva. A seção de filme repetido e com final trágico ainda promete ficar em cartaz por um longo período.
Um comentário:
foda... essa logica da repressao é a lógica da estupidez... ou do lucro dos que se beneficiam com essa guerra. Enfim, o Evo é um cocalero e a coca é uma planta sagrada para o povo boliviano - embora proibhida pela ONU.
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