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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Homem do Colete na luta pela Descriminalização


De novo temos apenas o colete.  Carlos Minc é um representante quase cativo em encontros onde a política de drogas está em debate. Seja na Marcha da Maconha ou no debate parlamentar, o discurso do político não muda de tom: “A guerra  as drogas é um fracasso de grandes dimensões. Ela trata de forma militarizada uma que é questão comportamental e cultural”, disse Minc.

Na sua defesa pela descriminalização das drogas, Carlos Minc fundamenta sua opinião em dados que confirmam o fracasso da política repressiva. “A guerra as drogas  serviu apenas para construir um esquema violento e corrupto que mata 30 vezes mais que a overdose. Morrem policiais, traficantes, usuários e pessoas que nada tem a ver com a questão”, explicou.
Mais do que uma política sangrenta, Minc lembrou que ela é utilizada para criminalizar a população mais pobre. “Nos bairros mais ricos dificilmente encontramos pessoas presas por tráfico de drogas. Já nas regiões mais carentes quase todas as pessoas detidas com entorpecentes são enquadradas como traficantes”, revelou.
Toda esse problemática envolve a dificuldade da atual lei de drogas (11.343/06) de separar usuários de drogas de traficantes. A legislação encontra dificuldade para classificar quem de fato é traficante. O simples fato de uma pessoa passar um cigarro de maconha para outro pode ser suficiente para que ela possa ser enquadrada por tráfico de drogas.
O caminho do debate na esfera do poder
Antes de ser debatido no meio governamental, o debate para a construção de uma nova política drogas precisa passar por um profundo debate técnico, avaliando todas as problemáticas sociais.
Pela primeira vez no Brasil, Ana Fordham representou Consorcio Internacional Sobre Política de drogas (IDPC). A instituição busca levar o debate sobre drogas para dentro de instituições políticas, onde a legislação pode de fato ser alterada.
Ana compartilha da opinião de boa parte dos palestrantes do dia: a atual política de drogas está condenada ao fracasso. Todo controle do comércio de drogas está na mao dos criminosos. A criminalização do consumo não apresentou resultados positivos”, declarou.

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