Psicotropicus - Centro Brasileiro de Política de Drogas

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os Bastidores do Cultivo Proibido!

Mesmo proibida a maconha continua sendo cultivada em todos os cantos do planeta. Com o passar do tempo o cultivo da erva proibida para uso pessoal ganhou espaço e se fortaleceu como uma forma de retirar o usuário da cannabis das relações comerciais com o crime organizado. No vídeo abaixo, produzido pela Kaya Films, é possível conhecer um pouco mais desses jardins secretos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Maconheiro é Sangue Bom e Organiza a Ceia dos Excluídos no Rio de Janeiro!

GRUPOS EM DEFESA DOS USUÁROS DE MACONHA ORGANIZAM CEIA DE NATAL PARA MORADORES DE RUA NO CENTRO DO RIO.

Numa iniciativa de membros do portal Growroom.net, coletivos e ONGS pela legalização da maconha realizam a CAMPANHA MACONHEIRO É SANGUE BOM!! A CEIA DOS EXCLUÍDOS!

Na próxima sexta feira, dia 23, a partir das 20 h, na Cinelândia, aproximadamente 50 ativistas de grupos diversos, entre eles o portal Growroom.net, principal organizador, a Igreja Do reino de Jah, o bloco carnavalesco Planta na Mente, e a ONG Psicotropicus-Centro Brasileiro de Política de Drogas vão oferecer aos moradores de rua uma ceia de natal, que contará com um caldo verde acompanhado de pão, refrigerante, biscoitos, panetone e bolo. Trata-se de uma continuação de campanha anterior que buscou, através da doação de sangue ao INCA, redimensionar a maconha na questão das drogas como um todo. A organização iniciará a distribuição que contará também com música e distribuição de roupas, brinquedos e agasalhos, que estão sendo recolhidos individualmente entre os membros dos coletivos e na loja ULTRAECO em Ipanema (Rua Francisco Otaviano – 67 – loja 48), centro de arrecadação da campanha.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Consumo de cigarros e álcool cai entre adolescentes dos EUA. Uso de maconha fica estável!

Um dos argumentos mais usados pelos proibicionistas é que a eventual legalização da maconha aumentaria consideravelmente o consumo da erva. Só esquecem de dizer que a proibição é incapaz de impedir que a população tenha acesso as drogas proibidas e que no mercado ilegal o comércio é feito sem nenhuma regulação ou controle de qualidade.

Curiosamente a pesquisa norte-americana "Monitoring the Future" (Observando o futuro) apontou que o consumo de cigarros e álcool por adolescentes americanos está no ponto mais baixo desde a década de 1970, mas o consumo de maconha permaneceu estável. Entre os adolescentes de 17 e 18 anos 19% admitiram que fazer uso do cigarro. Em 1997 este índice era de 36,5%.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Natal Solidário da Legalização da Maconha!

O ativismo canábico também é solidário. Um grupo formado por diferentes coletivos que ajudam a promover a Marcha da Maconha no Rio de Janeiro está unido para realizar uma Ceia dos Excluídos para os moradores de rua.

Além da coleta de donativos , roupas e alimentos que está sendo feita na loja UltraEco (R. Francisco Otaviano 67 lj 50, Arpoador) será oferecido um bandejão de Caldo Verde aos amigos das ruas.  Este ato vai ocorrer no dia 23 de dezembro, às 21h, na Cinelândia. Clique aqui e saiba mais sobre o evento!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cinco anos de Lei 11.343 e poucos motivos para comemorar!

Quando criada (em agosto de 2006) a Lei 11.343 foi celebrada por retirar o usuário de drogas da esfera prisional, sendo punido apenas com penas alternativas. Mas passados cincos as estatísticas do sistema carcerário indicam que alguma coisa deu errado nessa medida. Afinal, o número de prisões por tráfico cresceu 62% enquanto a população de presos aumentou apenas 8%.

Entre os ditos traficantes é comum encontrar um grande número de presos condenados sem qualquer prova de prática do tráfico, que portavam pequena quantidade de drogas, estavam sozinhos e sem armas. No submundo da cadeia ainda é possível encontrar homens que plantavam maconha para uso pessoal dentro da própria casa e foram enquadrados como traficante.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Violência e intolerância religiosa no tratamento das clínicas de recuperação!

Enquanto a classe política discute propostas como a internação compulsória para usuários de drogas o Conselho Federal de Psicologia foi a campo investigar a qualidade do atendimento oferecido nas ditas clínicas de reabilitação ou comunidades terapêuticas.

O resultado da da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos em Locais de Internação para Usuários de Drogas é um documento de 196 páginas de leitura obrigatória para todos que trabalham com política de drogas. O documento expõe com nome e endereço as clínicas que comentem abusos contra os internos. As atrocidades mais comuns são o "isolamento, proibição de falar ao telefone com parentes, trabalho não remunerado e punições físicas e psicológicas para atos de desobediência."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Redução de danos para usuário de cocaína – O risco no compartilhamento de canudos!

Um dos males mais perversos do proibicionismo é a precarização das práticas de consumo das drogas ilícitas. No Reino Unido uma pesquisa revelou que 11% das notas de dinheiro em circulação contém traços de cocaína. Em 2005 esta mesma pesquisa encontrou resquícios da droga em 4% das cédulas.

A reportagem publicada no jornal The Guardian afirma que a pesquisa sustenta ainda mais a tese de que o consumo de cocaína no Reino Unido é o mais elevado do continente europeu, sendo superior aos índices de países como Estados Unidos e Austrália.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Íntegra do Julgamento da Marcha da Maconha no STF!

Na última semana o Supremo Tribunal Federal deu mais um ganho de causa ao debate sobre a legalização da maconha. Com o parecer favorável a ADI 4274 a corte suprema do judiciário brasileiro acabou com qualquer possibilidade de criminalização de ativistas no crime de apologia prevista na Lei de Drogas 11343/06. Confira abaixo a íntegra do julgamento (em duas partes).

 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Invasão da Rocinha

por Luiz Paulo Guanabara

Sendo a venda de drogas um crime cuja natureza é questionável, os meios de comunicação não deveriam incentivar para os próximos dias ações truculentas na favela em busca de “bandidos” escondidos. Será que a mídia dá as ordens realmente na política de segurança do Rio, como me disse há pouco tempo um coronel da Polícia Militar? Não sei se acredito nisso, mas é óbvio o poder da mídia em meio a isso tudo - o que implica responsabilidade nesse conflito em que morre muita gente, muitos inocentes. Já não basta a instalação por prazo indefinido desses batalhões de soldados de futuro incerto, que eventualmente podem vir a se tornar criminosos milicianos? Mudou quem dá as ordens, mas a opressão continua, pois antes de tudo a polícia do Rio é uma polícia violenta, com um poder enorme que utiliza na base da ignorância. Muitas vezes são uns covardes que descontam nos mais fracos, selvagens valentões. A imagem da polícia é amedrontadora principalmente para quem mora na Rocinha, onde durante décadas testemunharam constantes abusos policiais fartamente noticiados. Os “treinados para matar e torturar” não deveriam ser incentivados a baixar mais terror na Rocinha nessa hora particular e delicada. “Dá um tempo, deixa o povo respirar.” Provavelmente muitos desses bandidos que vão ser procurados na Rocinha não passam de jovens cooptados para um negócio que surge exatamente com sua criminalização, jovens em situação social de grande falta de perspectiva de trabalho e de tudo o mais. Uma justiça sensata não deveria levar em conta esses fatores? Bem, justiça e bom senso parecem não se dar bem no Brasil.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Política de Drogas e Direitos Humanos – 5º capítulo

Budapeste, 22 de julho de 2011

por Luiz Paulo Guanabara

Os participantes do curso de verão, representando todos os continentes Hoje é o último dia do seminário, e a palestra do colombiano Daniel Mejía, economista e professor da Universidad de los Andes, terminou há pouco. Na segunda sessão da manhã, haverá apresentações dos alunos sobre os trabalhos que desenvolvem em seus países . Estamos no coffee break e o coordenador do curso, Desmond Cohen, economista que trabalhou muitos anos como consultor da UNDP, passa com seu pesado acento britânico instruções sobre a logística do restante do dia, que terminará com um jantar de confraternização em um restaurante nas proximidades. Neste exato momento está sendo exibido um vídeo sobre a vigília à luz de velas que ocorreu ontem em frente à embaixada russa, em memória aos usuários falecidos por falta de tratamento adequado ou pela violência da guerra às drogas. O local escolhido remete à política de drogas russa, que não permite programas de redução de danos, como, por exemplo, substituição por metadona para dependentes de heroína. Na Rússia, a taxa de contaminação por HIV entre pessoas que injetam drogas é da ordem de 80%. É de pasmar então que, apesar desse número expressivo, programas de troca de seringas também sejam proibidos. Repressão pura e simples e violência bruta, com encarceramento de usuários e traficantes e penas pesadas, têm sido a única resposta do governo russo ao uso de drogas ilícitas.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Política de Drogas e Direitos Humanos – 4º capítulo

Budapeste, 18 de julho de 2011

por Luiz Paulo Guanabara

Ativista brasileiro e seu amigo férreo na rua da UniversidadeSão seis horas e pouco da manhã, dormi pouquíssimo. Aí no Brasil, passa da uma e apesar de haver gente acordada, a grande maioria já está dormindo. Aproveito então para invadir o seu sono com minhas histórias, trazer do fundo do inconsciente coletivo uma luz sobre a política de drogas vigente, nem que seja provocando em muitos o pesadelo da regulamentação das drogas atualmente proibidas ou a consciência de que a guerra às drogas fracassou e é preciso um novo sistema de controle – na verdade, um sistema que realmente controle, já que, do jeito que está, a produção e comércio das drogas ilícitas é monopólio do tráfico, que lucra rios de dinheiro todos os dias sem pagar um centavo de impostos. E compra com essa grana um número cada vez maior de armas e monta exércitos para proteger os imensos lucros que o governo, tal inocente útil, lhe ajuda a realizar. E quem paga o pato? Quem mais sofre com essa política hipócrita, ridícula e insana? O povo desprotegido, alienado, vítima de balas perdidas, traficantes, milícias e de toda uma violência artificialmente construída pela ignorância, hipocrisia e incompetência de políticos e governantes que - em quase sua totalidade - não entendem a verdadeira dimensão do “problema mundial das drogas” ou se aproveitam desse status quo para empunhar sua bandeira de moralidade em troca do voto fácil da população iludida.

sábado, 16 de julho de 2011

Política de Drogas e Direitos Humanos – 3º capítulo

Budapeste, 15 de julho de 2011

por Luiz Paulo Guanabara

Discussão dos temas - grupos aleatórios - alunos e professores

A primeira semana de aulas terminou hoje, com a excelente apresentação do advogado e acadêmico polonês Krzysztof Krajewski, sobre sistema de justiça criminal na aplicação das leis de drogas. Repare no nome do professor, que começa com Krz, depois um “y” vogal, szt, a vogal “o” e um “f” final: sete consoantes e duas vogais, sendo que a letra “y” não reconhecemos como vogal na língua brasileira – eu acho. É o equivalente português de Cristovão, claro. Embora seu discurso com auxílio de slides tenha tomado as duas sessões da manhã e a primeira sessão da tarde, em várias outras sessões durante a semana os temas em questão foram discutidos por alunos e professores divididos na sala em grupos de seis ou sete pessoas. Nessas discussões, os participantes relatam como o assunto em pauta se manifesta em cada um dos cerca de vinte e cinco países representados. Na segunda sessão da tarde de hoje, foi feita uma avaliação da semana, com sugestões e críticas para aprimorar o curso na semana que vem e no próximo ano. Houve então uma segunda rodada de apresentações, já que não é mole apreender nome, origem,background, instituição, interesses acadêmicos e trabalho atual em um grupo tão heterogêneo. Também foi combinada a ida esta noite a um pub na cidade e o passeio que faremos no domingo, quando entre outras atrações visitaremos o famoso castelo no lado Buda da cidade (nada a ver com o Buda do budismo, diga-se de passagem). Como já disse antes, Budapeste é a reunião de duas cidades distintas, Buda e Peste. Na volta à residência, vim andando até o metrô com a colombiana Catalina, a indiana Melody e a lituânia Larisa, com seus seios grandes, fartos e rígidos - impossível não notá-los querendo se livrar da blusa apertada! No caminho, compramos sabão em pó para o laundry conjunto que faremos amanhã nas máquinas do subsolo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Política de Drogas e Direitos Humanos – 2º capítulo

Budapeste, 13 de julho de 2011
por Luiz Paulo Guanabara
Manha do 1º dia de aula Se você leu meu primeiro relato, deve ter percebido que é importante checar as datas do seu e-ticket antes de viajar, para não acontecer o que aconteceu comigo. Já me ocorreu também de chegar no check-in e descobrir que meu vôo era no dia seguinte! Foi no aeroporto de Viena, e fiquei de mala na mão! (“ficar de mala na mão” é isso - contribuição que faço agora ao nosso léxico.) Essa situação é mais fácil de resolver, se você não tem de estar impreterivelmente no destino de sua viagem no dia seguinte: você volta pra cidade e dorme lá ou, como eu fiz, inclusive porque a cidade era longe, se hospeda num hotel perto do aeroporto, relaxa, janta, fuma um (se tiver) e viaja no dia seguinte. Por acaso eu tinha, e nessas horas nada é mais medicinal para esse tipo de estresse que uma boa cannabis.
O curso começou na segunda-feira. Depois de dormir apenas três horas e passar a madrugada acordado, apesar de todo meu arsenal benzodiazepínico, desci as oito para o café da manhã – um bufê muito bom, por sinal. O mexicano Aram Barra, 25 anos, me enviara uma mensagem pelo Face para encontrá-lo no lobby e irmos juntos à universidade que fica no centro de Peste (o centro de Buda ainda não conheci). Aram é um dos muitos bons amigos que tenho no movimento antiproibicionista internacional, ativista da melhor qualidade, excelente companhia.  Ainda desorientados, tomamos o ônibus que passa em frente ao centro residencial e depois o metrô até a estação Örs Vezér tér. Depois de subir pela íngreme e comprida escada rolante até a rua, que espetáculo!, aquela arquitetura européia século XVII ou XVIII, prédios de três ou quatro andares minuciosamente erguidos e trabalhados e ao fundo uma imponente e deslumbrante catedral .

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Política de Drogas e Direitos Humanos

por Luiz Paulo Guanabara
Entre Paris e Budapeste, 9 de julho de 2011

 

Já aconteceu um monte de imprevistos nessa viagem e estou no avião que está me levando de Paris a Budapeste, meu primeiro destino, onde participarei do curso de verão Política de Drogas e Direitos Humanos, na Universidade da Europa Central. O curso terá duração de duas semanas.
 
Depois de preencher todo um longo formulário que incluiu uma Declaração de Propósito e Proposta de Curso, e ganhar a bolsa, comprei há mais de dois meses com meu agente de viagens uma passagem com a Air France para Budapeste. Recebi o e-ticket por e-mail e não conferi datas, tudo tinha sido acertado por telefone: eu viajaria ontem, 8 de julho, para chegar no dia seguinte, sábado, e ir me adaptando ao con-fuso horário e ao local, antes do começo das aulas, na segunda. Pois bem, ao chegar no check in da Air France, descobri que minha ida estava marcada para o dia 7! Puta que o pariu! E a moça no balcão da companhia disse que não podia me colocar nem na lista de espera porque o avião estava lotado. Não adiantou nem argumentar que do mesmo jeito que eu não apareci na véspera, o mesmo poderia acontecer com algum passageiro. É a tal falta de mão de obra qualificada, hoje tão comentada no Brasil. Além disso, só tinha lugar no dia 11, e ainda teria de pagar um adicional.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O problema de pressuposto das internações compulsórias: o que existe embaixo do tapete?

Por João Pedro Pádua

Umas das grandes funções, digamos, macrossociais das instituições totais (para usar o clássico conceito de E. Goffman) é tirar do meio social situações e atores com os quais a maioria da sociedade não quer ter de lidar. As prisões são um óbvio exemplo (talvez justificável, ao menos muitas das vezes). Os hospitais são outro exemplo.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O pior é que não!

No blog do Eduardo - peço perdão por não saber seu nome completo – encontrei um artigo comentando o absurdo da repressão à Marcha da Maconha em São Paulo na semana retrasada. Ele falava também de crack, e sobre isso disse a ele – e eventualmente aos que leriam o comentário:

cracolan Eduardo,
Gostei do seu texto, parabéns, mas há um equivoco em relação às "cracolândias". Não se pode chamar de traficante aquele pé de chinelo que aparece distribuindo um punhado de pedras de crack. Senão vira bagunça. Aliás, a palavra "traficante" já perdeu qualquer definição. Tanto o Beira-Mar quanto a idosa de 70 anos vendendo  5 trouxinhas de maconha são "traficantes". Uma imprecisão inadmissível que gera barbaridades jurídicas que custam alto à sociedade. É impressionante como o judiciário brasileiro é uma fonte de prejuízo para o país.

Reconheço que é toda uma dinâmica difícil de entender, o crack na verdade é um problema menor em relação a todas as drogas, como explicou a diretora da SENAD em recente artigo na Folha - e como sabemos nós, que lidamos com isso diretamente no campo. É preciso também estar atento para as manobras interesseiras da indústria do tratamento da dependência química, que é contra a legalização da cannabis e a favor de uma pedagogia do medo - para obter mais pacientes e lucrar com a desgraça. Para eles, não existe fumar maconha ou usar qualquer droga ilícita sem qualquer prejuízo físico ou mental. Para eles existe somente abusar do uso da cannabis  ou de qualquer daquelas drogas classificadas como ilícitas: para muitos desses médicos, quem fuma maconha ou usa drogas ilícitas – e até mesmo lícitas, como o cigarro - é necessariamente um doente. É preciso cuidado com esse grupo reacionário que visa ao lucro de suas clinicas, passando por cima de quaisquer comprovações científicas contrárias à sua ideologia e interesses.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

57%

estamos melhores que os americanos!!

só que lá eles já estao com maconha medicinal em 16 estados, fazem plebiscitos pela legalização e atingem quase 50% e - muito importante - permitem o uso industrial do canhamo e acho que até exportam para cá produtos de "maconha". Aliás parece que têm forte industria de canhamo nos USA. Enquanto "meu sangue latino" nao distinque a variedade industrial da psicoativa.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Confira o Resultado do concurso Maconha: Mitos e Fatos!

O concurso cultural do livro “Maconha: Mitos e Fatos”, parceria da Psicotropicus com o Hempadão, reuniu um belo material informativo sobre a cultura canábica. Além de pedir desculpas pela demora no anúncio das obras vencedoras também gostaríamos de agradecer a todos os participantes. Vale lembrar que a escolha foi feita em conjunto pela equipe dos dois blogs. Confira abaixo os autores premiados.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os trabalhos do concurso cultural que valeu um exemplar do livro Maconha: Mitos e Fatos

O concurso cultural promovido pela Psicotropicus e pelo Hempadão conseguiu reunir um belo material colaborativo sobre a questão da Guerra às Drogas e a defesa da legalização. Os textos foram avaliados pelos organizadores e os escolhidos receberam um exemplar do livro Maconha: Mitos e Fatos, traduzido para o português pela Psicotropicus. Abaixo a lista dos trabalhos que recebemos dentro do prazo de inscrição. Cada um dos textos esteve publicado aqui no blog por cerca de 3 meses. Os vencedores podem ser lidos na postagem seguinte.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Brasil e Bolívia buscam acordo para fortalecer o combate ao narcotráfico

Os governos mudam e a política segue remando na mesma maré. Somando forças para o velho e derrotado projeto de guerra às drogas Brasil e Bolívia firmaram um pacto para combater o narcotráfico nos dois países. O plano ainda prevê a cooperação dos Estados Unidos, grande investidor deste modelo de política repressiva.

De acordo com a ONU a Bolívia tem cerca de 30.900 hectares de coca, sendo que apenas 12.000 são legalizados e utilizados nos rituais religiosos andinos. De acordo com uma reportagem da Agência Brasil a atuação conjunta dos governos servirá apenas para erradicar a produção de coca considerada excedente.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Semana Verde agita o ativismo canábico em Niterói

Hoje o Psicoblog oferece uma ótima dica para os leitores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O coletivo que organiza a Marcha da Maconha de Niterói promove entre os dias 7 e 14 de abril a primeira Semana Verde da cidade fluminense. O evento contará com atividades culturais, debates com especialistas na área e com a exibição do documentário Cortina de Fumaça. Vale lembrar que todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. Confira abaixo a programação!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Projeto do Senador Demóstenes defende a prisão ou internação compulsória para usuários de drogas

Por ter dito que "de onde menos se espera é que não sai nada mesmo" o Barão de Itararé ainda permanece atual quando o que está em análise é a política brasileira. Na questão das drogas chama atenção o Projeto de Lei 111/2010, de autoria do Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que propõe o retorno da pena de detenção (de seis meses a um ano) para usuários de drogas, com a opção de substituir a pena por “tratamento especializado” em forma de internação compulsória.

Na contramão das decisões que estão sendo tomadas em outros países o Brasil ganha destaque no noticiário com um medida que busca endurecer ainda mais o discurso repressivo e punitivo na temática das drogas. A aprovação deste projeto representaria um retrocesso ao já modesto avanço da Lei 11.343/06, que acabou com a pena de prisão para quem porta ou cultiva drogas ilícitas para uso pessoal.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Concurso Cultural Psicotropicus e Hempadão: Vale um livro “Maconha: Mitos e Fatos”

A causa da legalização é nobre demais para ser feita sozinha. Somando forças e formando parcerias é possível ir bem longe e atingir um público cada vez maior. Nesta semana estamos realizando concurso cultural promovido em conjunto pela ONG Psicotropicus e pelo Hempadão!

Até a 23h59 da próxima terça-feira (21/03) vamos receber textos em forma de prosa ou poesia, no tamanho de uma página de Word, com corpo 12 e fonte Times New Roman com o tema da Legalização da Maconha e uma política de drogas mais racional. Os três melhores serão premiados com o livro “Maconha: Mitos e Fatos”, de Lynn Zimmer e John P. Morgan, recém-traduzido para o português pela Psicotropicus.

Fazendo uso de uma vasta referencia científica, a publicação desconstrói uma série de falácias que infelizmente ainda sustentam a criminalização da erva. Aqueles que não estão interessados em participar do concurso podem adquirir o livro com uma doação mínima de 25 reais para a ONG. Os textos devem ser enviados assinados para redacao@hempadao.com! Envie também sua idade e o estado onde você mora.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Roda de Conversa com o neurocientista Sidarta Ribeiro

Não aceitar o potencial medicinal da cannabis pode ser explicado por dois motivos: preconceito ou falta de informação. Apesar do Brasil ainda não ter regulamentado o uso medicamentoso da maconha já podemos comemorar o desenvolvimento de pesquisas por cientistas brasileiros. Do Rio Grande do Norte o neurocientista Sidarta Ribeiro, co-autor do Livro “Maconha, Cérebro e Saúde”, apresenta de forma bem clara as qualidade médicas dacannabis, além de ser bem claro ao explicar os riscos que seu uso pode provocar. Confira abaixo um vídeo produzido pelo pessoal do Lado[R] durante um encontro promovido pelo Coletivo Cannabis Ativa.

terça-feira, 1 de março de 2011

Cannabis Medicinal em debate na Matilha Cultural (SP)

Foto: www.hempadao.com Explicar a população os motivos do fracasso na proibição das drogas é tão importante quanto reivindicar o fim desta política dentro da esfera política. Na semana passada as portas da Matilha Cultura, em São Paulo, se abriram para uma exibição gratuita do documentário Cortina de Fumaça, seguido de um debate para promover o lançamento do livro CannabisMedicinal – Guia de Cultivo Indoor, do antropólogo Sérgio Vidal.

Participaram deste encontro o Deputado Federal Paulo Teixeira (PT-SP), o antropólogo Maurício Fiore e o neurocientista e membro do Coletivo DAR Renato Filev. Confira no vídeo abaixo alguns momentos do encontro.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Acabou o tráfico de drogas

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2012
Fernando Rios, especial para o Psicoblog

 As drogas já não são mais arbitrariamente divididas em lícitas e ilícitas. O Ministério da Saúde, que regula as substâncias psicoativas de uso medicinal e recreativo, dita a política a ser usada no controle das drogas antes proibidas. Em caso de dependência, os psicólogos e médicos credenciados podem receitar qualquer substância de que o indivíduo necessita. As farmácias são rigorosamente fiscalizadas para cumprir as determinações do novo sistema de controle de drogas do país. O plantio de maconha está legalizado em todo território nacional. A cannabis que durante cem anos foi perseguida, vilipendiada e banida, volta agora ao convívio e à economia familiar e pode ser comprada até nas feiras.
 
Antiproibicionistas na Praia de Ipanema, agosto de 2010
A população compreendeu afinal que essa divisão entre drogas lícitas e ilícitas era um embuste jurídico e político. O regime que ruiu após décadas de fracasso favorecia interesses corporativos, em especial das agências de repressão ao tráfico, os produtores e vendedores de armamentos, os psiquiatras espertos e gananciosos e os políticos moralistas que esbanjavam hipocrisia em seus discursos antidrogas. E claro, favorecia os produtores e distribuidores das drogas proibidas, o chamado narcotráfico. Com o fim da proibição, acabou o tráfico.

Os adolescentes já não têm tanta curiosidade pelas drogas antes proibidas, que se encontram agora finalmente controladas. Os índices de consumo e abuso de drogas são cada vez menores, especialmente entre os mais jovens.

      Alguns países ainda resistem ao fim do regime, mas com a recente mudança da política de drogas estadunidense e regulamentação do seu mercado das drogas antes ilícitas, o movimento antiproibicionista acabará se impondo em todo o planeta.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pesquisa aponta que poluição provoca mais problemas cardíacos que a cocaína

A conclusão deste estudo pode até chocar muitas pessoas. Mas ao contrário dos mitos que são disseminados sobre as drogas ilícitas, esta afirmação possui a fundamentação de uma pesquisa científica que seguiu critérios bem definidos.

Publicada nesta quinta-feira no periódico médico The Lancet, o estudo coordenado por Tim Nawrot, da Universidade de Hasselt, na Bélgica, concluiu que a poluição do ar pode provocar mais ataques cardíacos do que o uso de cocaína. Foram combinados dados de outras 36 pesquisas independentes para calcular os riscos a partir de fatores diversos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Plantações de maconha em expansão na Floresta Amazônica

Com a proibição, qualquer mercado anteriormente legal passa funcionar na ilegalidade. Proibido, o negócio passa a se estruturar dentro de uma rede criminal que em muitos casos é mantida com corrupção e violência. O fechamento de uma rota geralmente marca o início da abertura de outra que busque garantir o pleno funcionamento das atividades. Não é novidade para ninguém que é desta forma que o mercado de drogas funciona.

Uma reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta semana revela a expansão de cultivos de maconha dentro Floresta Amazônica. Relatos de funcionários do Ibama afirmam que as plantações estão sendo feitas na região da Reserva Biológica do Gurupi (MA), que já sofre com a extração ilegal de madeira.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A vida no cárcere para um usuário de drogas brasileiro

A história de Marcus Marcus Vinicius do Espirito Santo, de 23 anos, ilustra muito bem a fragilidade da atual Lei de Drogas. Detido com apenas 25 gramas de maconha para uso pessoal ele foi enquadrado e condenado por tráfico de drogas recebendo um pena de seis anos em regime fechado. Hoje, ele é mais um dentro das carceragens superlotadas onde o futuro não é nada promissor.

O testemunho da vida no cárcere de mais um condenado por crimes relacionado às drogas faz parte de um projeto do Transnational Institute (TNI) dentro de presídios da América Latina. Confira!

Drugs and Prisons in Brazil from WOLA on Vimeo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FHC acende a polêmica sobre a descriminalização das drogas dentro do PSDB

www.hempadao.com A política surpreende a cada dia com as mudanças de posicionamento de quem faz dessa atividade algo profissional. A era Lula mostrou com toda transparência que velhos inimigos podem se tornar bons aliados. Mas a grande polêmica do momento é o ativismo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em defesa da descriminalização das drogas, principalmente da maconha.

No último domingo FHC reforçou seu discurso apresentado em conferências e debates acadêmicos no programa "Esquenta!", comandado por Regina Casé, na Rede Globo. Depois de explicar sua tese de fracasso da guerra às drogas o ex-presidente conseguiu convencer grande parte da plateia de que a descriminalização é melhor do que a repressão. Veja no vídeo abaixo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Policial e namorado são presos após abordagem irregular de jovens que portavam maconha

cariacica A paranoia repressiva criada da pela política de guerra às drogas segue provocando situações inusitadas. Em alguns casos, a "caça as drogas e aos drogados" é seguida de abusos de autoridade e violação dos direitos humanos. Mas desta vez foram os responsáveis pela repressão que acabaram sendo enquadrados com força punitiva da lei.

No caso que aconteceu esta semana em Cariacica (ES) uma investigadora da polícia civil e o namorado abordaram duas jovens que estavam em uma moto e teriam feito um gesto obsceno para o casal. Armado, o namorado da investigadora encontrou uma pequena com as duas meninas e chamou a polícia.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Luiz Paulo Guanabara tem registro musical no CD do I Festival Nacional da Cultura Canábica!

Amsterdam_5ago06 012 Poucos sabiam que além de diretor executivo da Psicotropicus e eventual flautista dos Seminários pelo Brasil e no mundo, Luiz Paulo Guanabara tem também uma obra como músico e compositor. O rap, com batida dance da época, foi feito para a novela Guerra sem Fim, exibida em 1993 pela extinta rede Mancehete.

Apesar dos quase 20 anos de sua criação, a música permanece atual o que evidencia a falha do estado no controle dessa verdadeira guerra sem fim contra as drogas. Dê play para ouvir a música Tiro na Tela e confira a letra e ficha técnica do som no final deste post:

No final do ano passado a música foi inscrita no I FENACUCA e se classificou entre as 10 melhores que foram registradas no CD do evento. Com parte da verba destinada a Marcha da Maconha, o I CD do Festival Nacional da Cultura Canábica conta com faixas exclusivas e pode ser comprado através da internet neste link!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O fracasso da Guerra às Drogas registrado nas páginas da imprensa

A insanidade da lei que criminaliza quem porta determinadas drogas ou cultiva uma planta é exposta diariamente em um incontável número de reportagens. Uma rápida pesquisa sobre o termo "drogas" em sites de busca revela uma exagerada quantidade de prisões e apreensões em todas as regiões do país. Algumas, de tão estapafúrdias, devem ser cuidadosamente preservadas para que futuras gerações não cometam o mesmo erro.

Nesta quarta-feira, o Diário de Santa Maria (RS) noticiou a detenção de um jovem de 23 anos que portava a impressionante quantidade de 4,7g de maconha. Ele foi levado para Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) e liberado em logo em seguida, provavelmente após assinar o Termo Circunstanciado.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Política de drogas em debate na Globo News

O jornalista Alexandre Garcia até tentou desmerecer os argumentos em defesa de uma política de drogas menos repressiva. Mas a linha de pensamento defendida pela socióloga e coordenadora do CESeC/Ucam, Julita Lemgruber, e o professor da UERJ na área de metodologia das Ciências Sociais, especialista em Violência e Direitos Humanos Ignácio Cano aqueceu o debate na Globo News. Confira abaixo como foi o programa.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mitos da maconha são descontruídos em livro traduzido pela Psicotropicus

Elisaldo Carlini Os motivos que levam um mito a perdurar mesmo depois de ser desqualificado cientificamente podem ser complexos e difíceis de entender. No caso da maconha, o movimento proibicionista do início do século 20 foi responsável por rechear o imaginário popular com mitos sobre seus efeitos. Infelizmente, muitos deles ainda são disseminados por respeitáveis veículos de comunicação e personalidades da área médica e política. 

Uma importante fonte de informações para disseminação dos verdadeiros problemas relativos a maconha ganhou sua edição em português. O livro "Maconha: Mitos e Fatos" (Marijuana Myths Marijuana Facts) reúne 20 mitos relativos ao consumo de maconha seguidos de uma desmitificação baseados em constatações científicas modernas. A edição brasileira, que foi traduzida pela Psicotropicus, foi lançada na última terça-feira em evento no Rio Janeiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Petição pode aquecer debate sobre legalização das drogas na Holanda

No momento em velhos chefes de Estado começam a rever seu posicionamento sobre a guerra às drogas a Holanda lança mais uma iniciativa pioneira. Uma petição assinada por 40 mil pessoas pode “obrigar” o parlamento holandês a promover o debate sobre a legalização de todas as drogas recreativas.

A ação promovida pela Netherlands Drug Policy Foundation tem o apoio do antigo comissário da União Européia, Fritz Bolkestein, e do antigo primeiro-ministro e cientista Dr. Els Borst-Eilers. A fundação afirma que o combate aos crimes relacionados as drogas custam 15,75 bilhões de euros por ano aos cofres do país. Este valor representa quase 50% de todo orçamento da área de segurança pública.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Czar antidrogas dos Estados Unidos classifica Colômbia como líder regional na luta contra o tráfico

Kerlikowske em um pré-escola de Bogotá Apesar da proposta de uma nova política de drogas com enfoque na na prevenção e no tratamento de dependentes, o governo norte-americano de Barack Obama ainda guarda alguns aspectos da administração Bush de guerra às drogas. Nesta semana o czar antidrogas dos Estados Unidos, Gil Kerlikowske visitou a Colômbia e classificou o país como "líder regional na luta contra os traficantes."

A ação norte americana em território colombiano se fortaleceu à partir da criação do Plano Colômbia. Essa política que vendia a ilusão de erradicar o cultivo de folhas de coca somou um gasto de mais de 7 bilhões de dólares desde o ano 2000. A maior parte desta verba foi destinada a polícia e ao exército colombiano.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Artigo: Pondo fim à inútil “guerra às drogas”

Fernando Henrique Cardoso*

O Proibicionismo falhou e precisamos redirecionar nossos esforços para os danos causados pelas drogas e para a redução do consumo.

fhc2 A “guerra às drogas” é uma guerra perdida e 2011 é o momento para se afastar das estratégias punitivas e buscar novos marcos nas políticas públicas, baseados na saúde pública, direitos humanos e no senso comum. Estas foram as conclusões centrais da Comissão Latino Americana sobre Drogas e Democracia, que eu formei juntamente com os ex-presidentes Ernesto Zedillo, do México, e Cesar Gaviria, da Colombia.

Nós nos tornamos envolvidos com essa questão por um motivo mobilizante: a violência e a corrupção associadas com o tráfico de drogas representam uma ameaça grande para a democracia em nossa região. Esse sentimento de urgência nos fez avaliar as políticas atuais e procurar por alternativas viáveis. As evidências são avaçaladoras. As estratégias proibicionistas, baseadas em repressão da produção e criminalização do consumo, falharam claramente.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Polícia inglesa confunde casa de porquinhos-da-índia com cultivo de maconha

Além do trágico número de mortos e encarcerados, a guerra às drogas ainda é responsável por provocar algumas situações inusitadas. A paranoia da repressão levou policiais da cidade de West Yorkshire, na Inglaterra, a confundirem simpáticos porquinhos-da-índia com uma plantação de maconha que estaria sendo mantida dentro de uma garagem.

Policiais que realizam uma ronda de helicóptero detectaram um nível elevado de calor na região da garagem da residência da professora Pamela Hardcastle. Diante desta situação foram destacados seis policiais para averiguação da ocorrência. Mas ao chegarem no local os agentes descobriram que na garagem estavam apenas Simon e Kenny, dois porquinhos-da-índia de estimação do filho de Pamela.

O calor detectado do helicóptero saiu da lâmpada utilizada para manter Simon e Kenny aquecidos durante o rigoroso inverno europeu. Diante do equívoco os policiais foram obrigados a se desculpar pela falha cometida. Mas em entrevista ao jornal Daily Mail Pamela contou que os policiais tinham um mandado de busca e apreensão para entrar em sua casa.

Para deixar a situação ainda mais constrangedora eles saíram questionando em todo o bairro se a britânica tinha má reputação." Eu disse à polícia que era totalmente inocente, mas eles queriam entrar na garagem de qualquer jeito”, desabafou.

A reclamação de Pamela ainda fica por conta da sua queda de credibilidade diante da vizinhança que passou provocar a vizinha sobre seu relacionamento com o tráfico de drogas apesar do equívoco cometido pela polícia. “As pessoas pensam que não há fumaça sem fogo”, disse a professora.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Passado o ufanismo, tráfico de drogas retorna ao Complexo do Alemão

A notícia de que o tráfico de drogas está de volta ao Complexo do Alemão não causa estranheza para os que não embarcaram no clima de ufanismo que tomou conta do Rio de Janeiro no final do ano passado. Afinal, um verdadeiro plano de segurança pública não se consolida apenas com tanques blindados e bandeiras hasteadas.

Uma reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo nesta quarta-feira cita documentos confidenciais do Centro de Inteligência do Exército (CIE) que apontam o retorno de pontos de vendas de drogas dentro do Alemão. Agora, as bocas de fumo funcionam de forma itinerante na favela da Galinha, além de contar com a ajuda de mototaxistas trabalhando como olheiros.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mudança de rota

Julita Lemgruber*

O novo ministro da Justiça começa bem, trazendo a responsabilidade sobre a questão das drogas para o Ministério da Justiça e tendo a coragem de afirmar que a sociedade brasileira precisa aprofundar a discussão sobre a liberação das drogas. Há muito ainda a fazer até que a questão das drogas seja encarada como problema de saúde pública e não de justiça criminal, mas podemos estar iniciando uma caminhada que poderá desaguar nessa transformação.

A José Eduardo Cardozo deve-se o mérito de perceber, neste momento, a importância de submeter a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) à sua autoridade e, mais ainda, de ter escolhido Pedro Abromovay, um civil, para conduzí-la. Aliás, a indicação de Regina Miki para a Secretaria Nacional de Segurança Pública é outra escolha que tem merecido o aplauso dos especialistas.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Liberdade em Neves! Um show do Ponto de Equilíbrio na carceragem da Polinter

ponto_neves Quando foi preso injustamente por cultivar 10 pés de maconha para uso pessoal, o baixista da banda Ponto de Equilíbrio, Pedro Caetano, pode conhecer de perto as mazelas do sistema prisional brasileiro.

Mas nos 14 dias que passou atrás das grades, Pedro conheceu o delegado Orlando Zaccone, autor do livro “Acionistas do nada: quem são os traficantes de drogas”, que apresenta o perfil das pessoas presas e condenadas por tráficos de drogas dentro de um contexto sociológico. Passado este período, os dois se reencontraram para promover um show do Ponto de Equilíbrio na carceragem da Polinter de Neves, em São Gonçalo, onde Pedro ficou preso por alguns dias.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Irã enforca condenados por tráfico de drogas

gallows Em grande parte do noticiário publicado em todo planeta Estados Unidos e Irã costumam aparecer de lados opostos. Mas quando tema é combate as drogas os dois países podem estar de mãos dadas. Nesta questão, Irã sai na frente por possuir uma prática ainda mais perversa que a do grande financiador da guerra às drogas.

Nesta segunda-feira o governo iraniano executou a pena de morte de sete homens condenados por tráfico de drogas. Eles foram enforcados dentro de um presídio na província de Kermanshah, conforme informações da agência de notícias do país. O nome dos homens levados a forca não foi revelado.