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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A “Droga” (dos fariseus)

"Quanto mais "droga" é confiscada pelos órgãos de repressão com as benesses de uma lei dúbia que proíbe certos produtos e certos vegetais e permite o comércio de outros, que são da mesma natureza e têm o mesmo propósito, embora possam também ter outros propósitos, mais "droga" invade o mercado, e com maior pureza. E quando alguém diz "droga", assim, no singular, uma coisa abstrata que tem diferentes significados no senso comum e todos eles errados, comete um erro equivalente a um erro de concordância verbal ou nominal, só que pior: ele nem sabe do que está falando. Quando alguém diz "droga", essa coisa bizarra e nefasta, ughhh!, fere os ouvidos e me repugna. Na maior parte das vezes, são de repórteres que ouço essa incompreensão."

Vincent Braz – colaborador blogueiro

momentum

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Moção em Apoio a Pesquisas com Substâncias Psicoativas

Editado e aumentado a partir de moção eleborada pela ABRAMD em seu 4o Congresso, realizado em Salvador na semana passada. A moção foi entregue na ocasião ao representantre da SENAD; o conteúdo espandido neste texto é de responsabilidade do autor.

por Luiz Paulo Guanabara

Os participantes do IV Congresso Internacional da ABRAMD, realizado em Salvador entre 31 de Outubro e 2 de Novembro de 2013, vem instar os órgãos governamentais, notadamente a SENAD e a ANVISA, nas suas respectivas áreas de atuação, a incentivar, fomentar, financiar e, especialmente, autorizar a realização de pesquisas e tratamentos clínicos utilizando substâncias psicoativas hoje consideradas ilícitas, como a maconha, a folha de coca e a cocaína, assim como as drogas usadas em festas, como o ecstasy e o LSD, reconhecendo as inegáveis evidências apontadas em pesquisas e experimentos internacionais sobre os benefícios desses produtos.
E cumprindo o que dispõe o art. 2o. parágrafo único da Lei 11.343./06, repudiar qualquer tipo de censura, punição ou discriminação em relação aos pesquisadores que realizem ou pretendam realizar esse tipo de investigação. Cientistas que fazem juz a esse nome não devem ter medo de compreender que a verdade das novas evidências talvez contradiga completamente o conhecimento que têm de determinados objetos de investigação. E devem parar de sustentar a mentira e a hipocrisia e pensar que um mundo melhor para todos é possível.
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