Psicotropicus - Centro Brasileiro de Política de Drogas

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A “Droga” (dos fariseus)

"Quanto mais "droga" é confiscada pelos órgãos de repressão com as benesses de uma lei dúbia que proíbe certos produtos e certos vegetais e permite o comércio de outros, que são da mesma natureza e têm o mesmo propósito, embora possam também ter outros propósitos, mais "droga" invade o mercado, e com maior pureza. E quando alguém diz "droga", assim, no singular, uma coisa abstrata que tem diferentes significados no senso comum e todos eles errados, comete um erro equivalente a um erro de concordância verbal ou nominal, só que pior: ele nem sabe do que está falando. Quando alguém diz "droga", essa coisa bizarra e nefasta, ughhh!, fere os ouvidos e me repugna. Na maior parte das vezes, são de repórteres que ouço essa incompreensão."

Vincent Braz – colaborador blogueiro

momentum

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Moção em Apoio a Pesquisas com Substâncias Psicoativas

Editado e aumentado a partir de moção eleborada pela ABRAMD em seu 4o Congresso, realizado em Salvador na semana passada. A moção foi entregue na ocasião ao representantre da SENAD; o conteúdo espandido neste texto é de responsabilidade do autor.

por Luiz Paulo Guanabara

Os participantes do IV Congresso Internacional da ABRAMD, realizado em Salvador entre 31 de Outubro e 2 de Novembro de 2013, vem instar os órgãos governamentais, notadamente a SENAD e a ANVISA, nas suas respectivas áreas de atuação, a incentivar, fomentar, financiar e, especialmente, autorizar a realização de pesquisas e tratamentos clínicos utilizando substâncias psicoativas hoje consideradas ilícitas, como a maconha, a folha de coca e a cocaína, assim como as drogas usadas em festas, como o ecstasy e o LSD, reconhecendo as inegáveis evidências apontadas em pesquisas e experimentos internacionais sobre os benefícios desses produtos.
E cumprindo o que dispõe o art. 2o. parágrafo único da Lei 11.343./06, repudiar qualquer tipo de censura, punição ou discriminação em relação aos pesquisadores que realizem ou pretendam realizar esse tipo de investigação. Cientistas que fazem juz a esse nome não devem ter medo de compreender que a verdade das novas evidências talvez contradiga completamente o conhecimento que têm de determinados objetos de investigação. E devem parar de sustentar a mentira e a hipocrisia e pensar que um mundo melhor para todos é possível.
Apoio:

Psicotropicus – Centro Brasileiro de Política de Drogas

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Livro “Maconha: Mitos e Fatos” - imagem do website

         Abaixo dos menus, à direita, vc pode ver a imagem do livro Maconha: Mitos e Fatos. Com uma doação mínima de 25 reais vc pode receber em casa esse livro fundamental da literatura em português sobre a cannabis, tradução de uma pesquisa que abrangeu toda a literatura científica sobre a maconha no Século XX. Os autores são um especialista em psicofarmacologia, John P. Morgan, e uma socióloga, Lynn Zimmer.

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Com o website fora do ar, não é mais possível fazer uma doação pelo PagSeguro e receber o livro, apenas por depósito bancário.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

A Declaração de Viena

Esta declaração foi lançada durante o Congresso Mundial de Aids, Viena, 2010, do qual participamos com uma apresentação oral, que em breve será publicada aqui. Estava na home page do website da Psicotropicus. Como nosso website vai ficar um tempo fora do ar, publicamos a Declaração de Viena no Psicoblog, para registro. 

“A criminalização dos usuários de drogas ilícitas está fomentando a epidemia de HIV e resultou em consequências sociais e para a saúde extremamente negativas. É necessário uma reorientação completa da política.

Em resposta ao dano social e à saúde causado pelas drogas ilegais, um amplo regime de proibição internacional vem sendo desenvolvido sob os auspícios das Nações Unidas. Décadas de pesquisas proporcionam uma avaliação abrangente do impacto mundial da “Guerra às drogas”.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Drogas e Devastação Ambiental


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Os laboratórios de refino de cocaína na região amazônica e andina despejam dejetos químicos altamente tóxicos na terra e nos leitos dos rios. Nessa região, fumigações de venenos sobre as plantações de coca acabam por destruir outros cultivos e tornam a terra infértil. O contato com os tóxicos despejados dos aviões resulta em graves problemas de saúde para as populações locais, como comprovado em pesquisas feitas com camponeses que vivem nesses locais.

A produção agrícola e extrativista são as principais atividades econômicas dos países andinos, responsáveis pela absorção da mão de obra de grande parcela da população. O declínio dos lucros com a produção de culturas lícitas como o feijão, a laranja e a cana levou a um aumento significativo da produção de coca, planta arbustiva, nativa da Bolívia e do Peru, descoberta pelos Incas e considerada sagrada devido ao seu potencial nutritivo, analgésico e preventivo do mal estar proveniente das altitudes. Os indígenas e camponeses das regiões andinas mascam folhas de coca como “combustível” para o árduo trabalho agrícola.

Os efeitos de mascar folhas de coca podem ser comparados aos efeitos do café, estimulantes por excelência.

sábado, 28 de setembro de 2013

Lei Seca por Fernando Pessoa

Seguindo pelo caminho de mostrar o trabalho realizado pela Psicotropicus - Centro Brasileiro de Política de Drogas, publicamos hoje a análise da Lei Seca feita por um contemporâneo daqueles anos 1920, nada mais nada menos que o maior poeta português, Fernando Pessoa. Essa análise foi publicada no website da organização no final de 2005, como primeira de uma série de matérias de poetas e escritores antiproibicionistas, como Artaud, Baudelaire, Kerouac e, porque não, Freud, e outros.

Procurando na internet encontrei o texto no blog “Estamos na Merda”. O autor reconhece que não tem mídia, mas sabe que vindo do pensamento do maior poeta de Portugal e, ainda, escrito durante aquele tempo de exceção nos EUA, da proibição de bebidas alcoólicas, essa análise crítica da Lei Seca tem um peso enorme.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

INPUD em Vilnius, Lituânia, Junho de 2013

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No quarto do Jorgen e do Tom, hotel Radisson, Vilnius. Conferência da Harm Reduction International. À direita, de boina, Eliot Albers, diretor-executivo da Rede Internacional de Pessoas que Usam Drogas – INPUD.

Não existe no universo das drogas e do uso de drogas uma organização mais única e incomum que a INPUD. A organização a que pertencem Jorgen e Tom, a União Dinamarquesa de Usuários de Drogas – Bruger Foreningen, está comemorando este ano 20 anos de existência. Recebem por ano USD 1.750.000 do governo dinamarques para desenvolver seus programas e manter uma sede de cerca de 400m2, com sala de ginástica, marcenaria, estudio de música, sala de bicicleta, vários escritórios, uma enorme sala de estar e cozinha que pode dar conta de 100 convidados.

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Cozinha vista da sala de estar

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sobre a matéria do Estadão “Não são zumbis. A epidemia é de crack ou de abandono?” e o programa "Crack: É Possível Vencer"

Desculpe, mas creio que alguém com um mínimo de bom senso e moderada compreensão da realidade social, comunitária, política sabe a resposta certa à pergunta da matéria do Estadão (ver tb abaixo). Parece evidente por suas articulações que a bancada religiosa no Congresso nacional quer uma epidemia de crack para alimentar suas comunidades terapêuticas – ou as de seus aliados – com parte dos 4 bilhões do programa de governo "Crack: É Possível Vencer". E parte do governo quer agradar essa bancada, inclusive aquela ministra que quer o governo do Paraná e tem nos religiosos sua base eleitoral. Colocar interesses políticos diante de uma política de saúde pública efetiva e baseada nos fatos nos parece canalhice.

Desviar recursos do Ministério da Saúde para confinar dependentes de drogas em instituições sem nenhuma credibilidade, sabendo que os ambulatórios são muito mais adequados e eficientes, e que 90% dos internados voltam a usar drogas no mes seguinte à internação, é mais um tapa na cara em que ousa pensar que este país tem futuro:

Em vez de ficar brincando de bandido e mocinho nas favelas, a polícia tinha mais é que se concentrar em deter sequestros, desaparecimentos, assassinato de inocentes, estupros, latrocínio, corrupção, etc.

Vergonhosa essa polícia, da pior qualidade, que corre atrás da merreca do varejo da maconha.

As vezes nem sei se um pedido como este da foto abaixo é real, mas tem de ser para nao ser desconsiderado quando ocorre um desaparecimento real. Pense no terror de ser pai ou mae dessa menina e ela ser sequestrada, desaparecer. É CASO DE SEGURANÇA NACIONAL. Um verdadeiro caso de segurança nacional. Assim como todas as meninas e meninos, homens e mulheres que sao sequestrados, desaparecem ou sao assassinados. É prioridade de segurança que isso nao aconteça.

A comunidade terapêutica fica em outro lugar

E agora que mostrou que o PLC 37 nao tem nada a ver com a realidade (leia matéria no final)? Vai insistir na política errada como há décadas o mundo insiste numa politica baseada no sistema de justiça criminal, que somente tem gerado mais produção e mais venda, mais violência e violação dos direitos humanos de concidadãos nossos que porventura consomem drogas proibidas? Quer entender o que se passa, quer ideias pragmaticas fundamentadas pela experiencia direta: consulte as pessoas que usam ou usaram drogas. Aproveite e teste seu preconceito contra pessoas que provavelmente bebem destilados ou vinhos, alguns fumam cigarros, mas o que vc nao aceita é que existam pessoas consumam produtos que vc nao aprova. Mesmo que nao lhe causem qualquer mal, vc gostaria que essas pessoas nao existissem. Mas nao é um pouco demais achar que as pessoas têm direito a consumir apenas aquilo que vc aprova? Que se consomem algo de que vc nao aprova ou gosta, que elas devem ser punidas? Consegue enxergar a fraqueza de personalidade ou de caráter existente nessa atitude, a falta de respeito e de educação para com seu semelhante, que além de tudo nao está lhe fazendo mal nenhum? Vc pode mudar –e mudar o mundo. Na verdade, vc tem de mudar, de evoluir, de abandonar crenças que vc mesmo vê que sao falsas, ou ficará doente e começará a apodrecer.

Leia a matéria do G1: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/09/brasil-tem-370-mil-usuarios-regulares-de-crack-nas-capitais-aponta-fiocruz.html

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Reunião discute o uso de drogas no contexto das DST, aids e hepatites virais

Drogas, DST e Hepatites Virais

Evento é uma reunião preparatória para o Seminário Internacional sobre drogas: da coerção à coesão, que acontece em Brasília até quarta-feira (11)

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sábado, 14 de setembro de 2013

Saúde Pública e Uso de Drogas: SUS

Montagem dos textos e comentários de Luiz Paulo Guanabara (LP)

Da página de Bruno Gomes no Facebook
por Luís Fernando Tófoli
8 de setembro

"O professor David Nutt argumenta as razões pelas quais um sistema universal de saúde precisa se basear na redução de danos como orientação de sua política pública de uso drogas. É preciso estar claro para os defensores do SUS e o Ministério da Saúde que não há abordagem mais sã para este problema. A seguir trecho em português (tradução minha) e no original em inglês:"

LP: Concordo com o Luís em que não há melhor abordagem de saúde pública para problemas decorrentes do uso de drogas do que a Redução de Danos.

Relexões sobre Redução de Danos - 1

Fazem frequentemente da Redução de Danos uma questão desnecessariamente controversa, como se houvesse uma contradição entre prevenção e tratamento por um lado e reduzir as adversas consequencias de saúde e sociais do uso de drogas por outro. Esta é uma falsa dicotomia. São lados complementares. 
 

Desmilitarização das Polícias do Brasil

         Convocamos todas as redes de televisão, rádio e outros órgãos de comunicação a aderirem a esta causa. Por sua força e qualidade, convocamos especialmente as Organizações Globo a estimular esse movimento -que conta com apoio da imensa maioria da população brasileira- para a desmilitarização da polícia brasileira. A nossa democracia já está mais do que preparada para essa mudança a favor da vida.

Por que isto é importante

A Constituição Federal Brasileira de 1988, prestes a completar seu primeiro quarto de século, é obrigada a conviver com uma série de fracassos sobre diversos pontos de seu texto magno. Muitos dos direitos humanos por ela assegurados, a começar pelo direito à vida e à liberdade de ir e vir, continuam sendo cotidianamente violados.

PM desmilit

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Chega de insistir numa política de drogas fracassada que só tem gerado mais violência, mais produção, mais comércio, mais consumo, mais corrupção, mais miséria. Está na hora de enfrentar o problema de frente, em vez de entregar de bandeja o monopólio das drogas que se tornaram proibidas - por razões que a razão desconhece - ao tráfico internacional, que assim como os bancos, as corporações, a indústria farmacêutica e os serviços, por exemplo, visam apenas aos lucros.

Foto: Entrando em campo...

SOMOS CONTRA O PLC 37 PORQUE:

Amplia o Estado Penal e a população carcerária: Aumenta as penas para tráfico quando envolver “crime organizado” sem fazer distinção objetiva entre traficantes e usuários, que permanece a cargo da polícia, que costuma dar tratamento diferente a quem mora no asfalto ou na favela. A consequência disso aparece no super-encarceramento de réus primários pobres, que, presos como traficantes, profissionalizam-se no crime nos presídios brasileiros.

Banaliza internações e facilita recolhimento forçado: Cria uma complicada categoria de internação involuntária, que, diferente da Lei da Saúde Mental, não estabelece padrões rígidos de controle e fiscalização de abusos, permitindo que ela possa acontecer a partir do parecer apenas de algum servidor público, no caso de ausência de parente conhecido. Ao invés do investimento nas redes de CAPS-AD (Centros de Assistência Psicossocial para Álcool e outras Drogas), para efetivamente cuidar de dependentes químicos, privilegia o método que possibilita o recolhimento em massa de usuários, política que vem sendo direcionada exclusivamente às pessoas em situação de rua.

Privatiza a Saúde e viola o Estado laico: Privilegia os convênios com as comunidades terapêuticas, instituições privadas. Estas geralmente pertencem a grupos religiosos e apostam na “cura” pela conversão. Ainda retira as instituições privadas conveniadas da Rede Integrada de Atenção. As instituições passam a não se submeter aos critérios mínimos estabelecidos pela política nacional do SUS. As comunidades terapêuticas seriam sustentadas por um fundo financeiro desvinculado do SUS. Na inexistência de vagas na rede de saúde pública, o Judiciário poderia determinar o tratamento privado com custeamento do SUS.

FRENTE ESTADUAL DROGAS E DIREITOS HUMANOS – RJ

A Indústria da Internação do usuário de drogas

 

Iinternaçao compulsoria

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Comentários sobre duas matérias distintas encontradas ao acaso no Facebook

por Luiz Paulo Guanabara

Compartilhei no FB a matéria "Vaticano critica oportunismo de Dilma e quer distância das armadilhas políticas da presidente",  e a respeito dela escrevi o seguinte:

"Ele [o Papa] obviamente não tem um mínimo de noção quando o assunto é drogas, uma questão que está inserida no rol das demais questões sociais da atualaidade sobre as quais a igreja católica tem uma posição rígida, dogmática, conservadora e irrealista (aborto, LGBT, sexo sem fins de procriação, métodos de prevenção de HIV, pesquisas com células-tronco, etc). Entretanto, sua atitude e resposta às demandas da presidente ("presidenta" é erro gramatical) que o Vaticano chamou de oportunistas, olha, são de tirar o chapéu. Uma lição de ética na política, a postura que deveríamos a partir de agora firmemente exigir e cobrar de todos os políticos no Brasil.

O Papa e a legalização das drogas

por Luiz Paulo Guanabara

Hoje, 25/07/2013, respondi ao email enviado ontem por um amigo preocupado com as declarações do Papa sobre as drogas: "Ele nao sabe nada, hoje em dia todo mundo tem suas opiniões sobre a questao, mas muito poucos passam da superficie e enxergam os componentes básicos da atual política de drogas antiproibicionista, que geram violência, corrupção e miséria em todo o mundo.

A palavra droga nao tem mais sentido, ou melhor, seu sentido é diferente para cada indivíduo. Se a pessoa nao compreende isso, se não compreende que ao falar de drogas está também falando de álcool e tabaco, todo o resto do seu discurso é uma distorção que, saindo da boca de um papa carismatico, pode aprofundar a ilusao.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Marcas psíquicas da violência policial precisam ser cuidadas

Introdução: Decidimos postar essa matéria porque é esta mesma polícia que também faz a guerra às drogas e prende usuários e traficantes. A atual Lei de Drogas, 11.343/2006, ao não distinguir claramente usuário de traficante, triplicou o número de pessoas presas por delitos associados às drogas ilícitas, e estima-se que 90% desses presos - detidos ao acaso, réus primários, sem vínculo com organizações de tráfico, portando pequenas quantidades de produtos proibidos pelos deuses da Tropicália – não passam de usuários que eventualmente vendiam um pouco do produto adquirido para reduzir seus custos.

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A reparação psicológica e o assassinato simbólico das vítimas de violência policial

A conduta da polícia na repressão às manifestações que se espalharam pelo país reacendeu a discussão sobre a estrutura, as práticas e a cultura institucional de nossas polícias militares.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

DROGAS ADULTERADAS


Para ampla divulgação

Nova contribuiçao da Psicotropicus - Centro Brasileiro de Política de Drogas para profissionais da saúde em geral e pessoas que usam drogas em particular:

http://www.psicotropicus.org/pdf/livreto_web.pdf

Este livreto destina-se a consumidores, suas famílias e amigos.
Seu propósito não é estimular o uso de substâncias psicoativas,
mas fornecer informações para reduzir riscos e danos que
possam estar associados a este consumo.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

SOBRE DROGAS, SEGURANÇA, SAÚDE E OPORTUNISMO POLÍTICO

Se você quer que o PLC 37/2013 seja discutido nas diversas comissões do Senado, manifeste a sua opinião para o presidente do Senado (renan.calheiros@senador.gov.br) e os senadores de seu estado: http://www.senado.gov.br/senadores/

Luciana Boiteux e Luís Fernando Tófoli

Está em tramitação no Senado um projeto de lei que altera a atual Lei de Drogas. O PLC 37/2013, oriundo da Câmara, foi rejeitado por vários órgãos do executivo e vai à direção oposta do que preconizam os organismos internacionais.

Apesar disso, o Presidente do Senado, Renan Calheiros, ao entender que este faria parte da pauta das recentes manifestações populares – no quesito segurança – deseja acelerar sua tramitação, conduzindo-o para o plenário na chamada ‘pauta positiva’.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Nada temos a ganhar com a militarização da polícia, defende Prof. Túlio Vianna em aula pública


Em aula aberta no MASP, professor de direito penal ressaltou que mesmo os policiais perdem com a militarização e defendeu polícia 100% civil e com controle externo e independente.

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COLETIVO DAR

A segunda-feira gelada e molhada em São Paulo não impediu que cerca de cem pessoas ocupassem o vão livre do MASP para assistir ao professor de Direito Penal Túlio Vianna falar sobre a necessidade da desmilitarização da polícia brasileira – outras inúmeras acompanharam a aula pública, organizada pelo coletivo OcupAção, pela Internet. Após exposição inicial do professor, houve rodas de conversas, formulação e propostas e depois mais debate, com a conclusão final, evidente, de que se por enquanto é difícil extinguir a polícia é necessário, ao menos, que ela mude radicalmente sua forma de agir, e que a sociedade mude radicalmente a forma de controlar esses descontrolados agentes estatais.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Chacina da Maré: ordem pública não se confunde com o emprego indiscriminado da força policial

Nós, instituições e cidadãos da Maré, tornamos público o nosso veemente repúdio a ação policial ocorrida nos dias 24 e 25 de junho na comunidade de Nova Holanda, provocando violações de direitos dos moradores e a morte de dez pessoas.

Lamentamos que durante a citada operação tenha também ocorrido a morte de um policial militar. Mas estamos indignados com ações arbitrárias e violentas que agridem famílias e provocam execuções sumárias.

MANIFESTAÇÕES E GUERRA ÀS DROGAS– LEAP Brasil

O Brasil tem vivido, nesse mês de junho, intensas manifestações nas ruas que, a partir de protesto na cidade de São Paulo contra aumento no preço dos transportes, se desdobraram em diferentes reivindicações e se espalharam por diversas cidades de todo o país.

Enquanto as manifestações se desenvolviam preferencialmente nos centros das cidades, a repressão se fazia fundamentalmente com armas ditas de baixa letalidade (balas de borracha; bombas de gás lacrimogêneo), inclusive diante de episódios de destruição de bens públicos e privados.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

NOTA PÚBLICA CONTRA A URGÊNCIA NA TRAMITAÇÃO DO PLC 37/2013 QUE ALTERA A LEI DE DROGAS

Há algumas semanas protestos tomam conta das ruas do Brasil. As diversas demandas da sociedade civil em torno de causas históricas de interesse coletivo demonstram que o debate sobre o que a sociedade quer não é exclusividade de partidos políticos, ONGs ou movimentos sociais organizados. É inegável o caráter histórico dos últimos acontecimentos.

É importante ressaltar, porém, que esse saudável cenário de participação democrática no debate público não pode servir de justificativa para que o Legislativo aprove, a toque de caixa, e com apoio do Governo, importantes projetos de lei sem o devido debate com os diferentes atores envolvidos, sejam eles organizados ou não. Fomos todos surpreendidos com a recente decisão de colocar em regime de urgência o PLC nº 37/2013 (antigo PL 7663/2010) – que reformula o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas – "para responder as reivindicações por segurança" que estariam sendo feitas nas ruas.

sábado, 11 de maio de 2013

Frente Nacional denuncía: Gleisi Hoffmann é inimiga da Reforma Psiquiátrica

Em 8 de maio no site da Frente Nacional Drogas e Direitos Humanos

(...) Portanto, Gleisi Hoffmann é aliada política do Pastor Marcos Feliciano, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que se orgulha em afirmar a amizade entre ambos. A ministra é patrocinadora da perspectiva do "recolhimento social" dos miseráveis pela via das internações compulsórias. Gleisi Hoffmann é a madrinha do financiamento com dinheiro público das Comunidades Terapêuticas, em detrimento do SUS e do SUAS. Gleisi Hoffmann se posiciona como uma verdadeira inimiga da Reforma Psiquiátrica, do movimento antimanicomial e das suas conquistas!

Diante disso, entendemos que a Ministra Gleisi Hoffmann não reúne mais as condições políticas de se manter à frente da Casa Civil como uma ministra de todos os brasileiros, uma vez que suas convicções religiosas falam mais alto que as suas responsabilidades políticas de ministra de Estado. Então ela deve renunciar imediatamente!

Dia Nacional da Luta Antimanicomial–17 de maio

O Movimento da Luta Antimanicomial, no Estado do Rio de Janeiro, convida para o Ato Público em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial a ser realizado dia 17 de maio às 13h na Praça XV. Este ano apresentamos o seguinte tema: “Pelas ruas e becos da cidade: Liberdade! Não à privatização e ao encarceramento da vida.” O evento visa discutir a constante privatização dos espaços públicos, denunciar as práticas desumanizadoras de internação compulsória, combater o estigma e a exclusão social da loucura, defendendo uma política de afirmação da vida. O Ato contará com a apresentação de poetas, bandas, artistas e a realização de diversas oficinas.

Sociedade sem Manicômios

Pelas ruas e becos da cidade: Liberdade!

Não à privatização e encarceramento da vida

O Movimento de Luta Antimanicomial pede passagem para se

apresentar: somos usuários, familiares e trabalhadores

da saúde mental e pessoas que de alguma forma afirmam uma

Sociedade sem Manicômios.

Privatizando o sofrimento - JULITA LEMGRUBER

Rio, 8 de maio de 2013

Sob o título de "O novo filão eleitoral" O GLOBO publicou (29/4) reportagem denunciando que as chamadas comunidades terapêuticas, iniciativas da sociedade civil destinadas ao "tratamento" de dependentes de drogas, estão sendo utilizadas politicamente por parlamentares e, pior, estão em vias de receber polpudas verbas federais.

O robusto relatório do Conselho Federal de Psicologia, divulgado em 2011, que organizou inspeções em 68 desses locais, denuncia que a assistência aí ofertada, além de carecer de regulação governamental, "fundamenta-se em princípios que contrariam pressupostos que orientam as políticas públicas... e se inscrevem no campo de práticas sociais invisíveis ou subterrâneas" onde os mais fundamentais direitos são desrespeitados, onde os internos são constrangidos a participar de atividades religiosas e onde muito raramente são encontrados profissionais de saúde.

Não à privatização e encarceramento da vida

Cartaz Luta Antimanicomial versão2

Pelas ruas e becos da cidade: Liberdade!

Não à privatização e encarceramento da vida

O Movimento de Luta Antimanicomial pede passagem para se apresentar: somos usuários, familiares e trabalhadores da saúde mental e pessoas que de alguma forma afirmam uma Sociedade sem Manicômios.

Primeiros Sinais de Aviso do Fascismo

Laurence W. Britton

Baseado em pesquisa sobre sete regimes fascistas. Da época da administração do governo Bush. Trabalhe para deter o regime Bush/Cheney enquanto ainda é possível. Em formato de cartão postal.

- Nacionalismo poderoso e continuado

- Desdenho pelos direitos humanos

- Identificação de Inimigos como uma causa unificadora

- Supremacia militarista

- Media de massas sob controle

- Obsessão com Segurança Nacional

- Governo e religião entrelaçados

quinta-feira, 18 de abril de 2013

O PL 7663/2010 é fruto de mente delirante – como pode ser verificado nesse e nos dois posts abaixo

Esse deputado Osmar Terra que elaborou esse projeto de lei (PL) que altera a já péssima Lei de Drogas aprovada em 2006 e o deputado Carimbão que apresentou seu Substitutivo certamente teriam lugar entre os políticos de governos como o de Mussolini na Itália fascista e em outros governos autoritários do gênero. O fato de serem deputados da atual legislatura só comprova que o descrédito que a população brasileira tem nos seus representantes tem fundamentos sólidos.

Somente pessoas que não entendem nada do problema que as drogas causam nos dias de hoje e estão absolutamente desatualizados com as questões de política de drogas que vêm sendo discutidas por especialistas no mundo inteiro seriam capazes de propor ou apoiar tamanha asneira.

CARTA AOS DEPUTADOS FEDERAIS - DAS VIOLAÇÕES DE DIREITOS DO PL 7663/2010 E SEU SUBSTITUTIVO

Excelentíssimos Senhores Deputados Federais,

Referente: Projeto de Lei 7.663 de 2010, na pauta para votação na Câmara dos Deputados, apresentada pelo Deputado Osmar Terra/PMDB/RS, que “acrescenta e altera dispositivos à Lei 11.343, de 23 de agosto de 2006, para tratar do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, dispor sobre a obrigatoriedade da classificação das drogas, introduzir circunstâncias qualificadoras dos crimes previstos nos arts. 33 a 37, definir as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas e dá outras providências” e seu Substitutivo, apresentado pelo Deputado Givaldo Carimbão, Relator da Comissão Especial do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas que “acrescenta e altera dispositivos da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para tratar do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, definir as condições de atenção aos usuários ou dependentes de drogas, tratar do financiamento das políticas sobre drogas e dá outras providências”.

AS ENTIDADES E MOVIMENTOS QUE ATUAM NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS DAS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA E NA LUTA ANTIMANICOMIAL vêm por seus representantes que subscrevem a presente carta, à ilustre presença de Vossas Excelências, INFORMAR E REQUERER O QUE SEGUE, pelas razões que passam a expor:

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ex-ministros da Justiça defendem fim de penas a usuários de drogas

Vejam que excelente notícia. Divulguem ao máximo.

Folha de São Paulo - 16/04/2013

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA

A campanha pela descriminalização do uso de drogas ganhou o apoio de sete ex-ministros da Justiça, que entregam hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) um manifesto defendendo que não se pode punir comportamentos praticados na intimidade que "não prejudiquem terceiros".

O documento é assinado por Nelson Jobim, José Carlos Dias, Miguel Reale Júnior, Aloysio Nunes Filho e José Gregori -que estiveram à frente da pasta durante o governo Fernando Henrique Cardoso-, além de Tarso Genro e Márcio Thomaz Bastos, que ocuparam o cargo durante os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

56ª Sessão da Comissão de Drogas Narcóticas (CND) da ONU–por Maria Lucia Karam

De acordo com relatórios publicados pela Comissão de Drogas Narcóticas (CND) da Organização das Nações Unidas, o maior aumento no uso de drogas ilícitas no mundo em 2012 se deu em relação às metanfetaminas, aumento esse em parte refletido na apreensão de 60 toneladas de tal substância naquele ano. Os mesmos relatórios revelam ainda que foram identificadas quarenta e nove novas substâncias psicoativas, consumidas em Estados membros da União Europeia em 2011, número superior às quarenta e uma novas substâncias identificadas em 2010 e às vinte e quatro em 2009.

A Comissão de Drogas Narcóticas é responsável pelo estabelecimento da política de drogas para as Nações Unidas, em conformidade com as três proibicionistas convenções internacionais adotadas em 1961, 1971 e 1988.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Terrorismo Midiático

O terrorismo midiático é quase uma regra quando o assunto é maconha. Em reportagem recente, o SBT Brasil relatou com um alarmismo pavoroso o consumo de maconha na região do Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo.

A reportagem tratou a repressão policial como uma ação de "limpeza" do Centro da capital, banalizou aspectos culturais do uso da maconha, além de tratar os usuários como criminosos e doentes de uma forma generalista. Desta forma, o SBT alimentou a tese simplista e preconceituosa de tratar as drogas como uma questão policial e classificar os usuários como pessoas de um “submundo”.

http://www.youtube.com/watch?v=Ke4j565McNo

Já estamos no meio de março

e vejo que a última postagem é de janeiro.

Bem, digamos que estávamos de férias. Ou de saco cheio, política de drogas é um assunto entediante, quem pode se interessar por um assunto desses, essa proibição imposta com mão de ferro mesmo quando está mais do que claro - hoje em dia e há muito tempo – que essa abordagem policial-militar antidrogas é uma das atividades mais estúpidas em que o ser humano pode se envolver.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Apelo de pais e familiares: a situação está passando dos limites

APELO DE PAIS, MEMBROS DA FAMÍLIA E SEUS AMIGOS E ORGANIZAÇÕES FAMILIARES QUE TESTEMUNHARAM E SOFRERAM COM A RESPOSTA À QUESTÃO DAS DROGAS, CUJO FRACASSO INSISTIMOS EM PERSEGUIR

(no email após este explicamos por que este post está em inglês. Esperamos logo tê-lo traduzido por sua importância.)

Parents, family members and their friends and Family Organisations, who have witnessed and suffered from the existing response to drugs:

Recognising the inability of the United Nations Conventions on Narcotic Drugs and Psychotropic Substances to effectively counter the magnitude and extent of illicit traffic and its grave consequences (an inability outlined in the preamble to the 1988 Convention),

Recognising that the experiment with prohibition has magnified the grave consequences especially the trauma and tragedy visited on users and their families,